A União Europeia vai estabelecer o limite de resíduo de um remédio utilizado na prevenção de doenças em aves. A novidade vai diminuir os riscos de embargo à carne brasileira.
Doença comum entre aves, a eimeriose ataca o sistema digestivo, podendo levar o animal à morte. Para evitar perdas, um medicamento específico é jogado na ração. Até agora, a União Europeia não havia definido um limite de tolerância do remédio na carne de frango, o que provocava instabilidade para os exportadores. Entretanto, a partir do dia 26 deste mês, a UE passará a exigir como limite de resíduo a proporção de 15 mil microgramas por quilo, situação que, segundo o Ministério da Agricultura, deixará os produtores brasileiros bem tranquilos. Atualmente, eles seguem um limite bem mais apertado de 200 microgramas por quilo, recomendado pelo Códex Alimentarius, organismo internacional que trata da qualidade dos alimentos.
“A chance de ter um rechaço desse carregamento vai ser muito pequena porque, de forma geral, o que a gente vem trabalhando nos fóruns internacionais é que os países aceitem e reconheçam os índices estabelecidos pelo Códex Alimentarius”, diz o coordenador do Programa Nacional de Controle de Resíduos do Ministério da Agricultura, Leandro Feijó.
Para a indústria avícola brasileira, o limite estabelecido pelo bloco favorece o setor. “Para o País, isso é bom, porque o nosso risco de ter alguma carga rejeitada é muito menor. Além disso, a UE é formadora de opinião. Muitos países não têm um serviço veterinário tão bem organizado, então muitos seguem os padrões definidos para União Europeia”, explica o diretor de produção da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Ariel Mendes.
Fonte: Canal Rural (acessado em 19/10/10)