Unesp pesquisa pasto ecológico e mais lucrativo

Visando conservar a natureza e obter lucro, a experiência mostra que pode ser possível reduzir emissão de metano e, ao mesmo tempo, acelerar ganho de peso do gado
Texto: Globo Rural (adaptado pela Comunicação CRMV-SP)
Foto: Pixabay

Conservar a natureza e obter lucro. Esse conceito dá sustentação a uma das mais importantes experiências feitas no Brasil visando reduzir a emissão de gás metano na atmosfera e, ao mesmo tempo, acelerar o ganho de peso do gado nelore no sistema de pastagem tropical.

O projeto foi elaborado e está sendo conduzido por pesquisadores da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Jaboticabal, interior de São Paulo.

O metano (CH4) é o principal gás de efeito estufa gerado pela Pecuária. Produzido pelo sistema digestivo do boi e eliminado pela boca e narina, é o segundo gás que mais contribui para o aquecimento global. Conhecer quanto o bovino de corte emite e as causas que influenciam é fundamental para a sustentabilidade da Pecuária e o aprimoramento da prática.

De acordo com o coordenador do projeto, Ricardo Andrade Reis, professor da Unesp e zootecnista com formação em pastagem, os experimentos são feitos, desde 2014, e seguirão até 2021, porém, as pesquisas científicas remontam a uma década. “Procuramos integrar o sistema, manejando ao mesmo tempo o pasto, animais e solo. Há ainda inter-relação com o clima e o mercado.”

Responsabilidade de todos

Segundo o estudioso, a pecuária moderna deve atuar integrando todos os elos da cadeia produtiva. “A responsabilidade tem de ser repartida por todos, e o sistema só funciona se houver lucratividade”, afirma Reis.

Essa dinâmica está sendo cada vez mais adotada no Brasil e é necessária, à medida em que o País se consolida como um dos maiores exportadores mundiais de carne, enquanto, paralelamente, exigências ambientais se acirram por parte do consumidor interno e internacional.

Pecuária de ponta

A Pecuária praticada no Brasil é criticada por ser emissora de gases. Nos últimos dez ou 15 anos, no entanto, alta tecnologia genética, melhora considerável na alimentação e manejo do gado e pasto encarado como cultura mitigam os impactos ambientais. Segundo Reis, pastagens bem manejadas absorvem carbono e compensam o metano emitido pelas vacas.

“Desmitificam assim o papel da atividade como vilã no processo de aumento das temperaturas globais. A opinião pública tem de receber informações seguras acerca dos resultados positivos referentes ao salto tecnológico nas fazendas. A Pecuária de ponta hoje interage com a natureza, ajuda na conservação ambiental”, enfatiza zootecnista.

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