O atum brasileiro comercializado para a União Europeia não precisará mais do resultado prévio da análise para histamina. A decisão foi anunciada nesta terça-feira (14) pela Direção-Geral da Saúde e Proteção do Consumidor (DG-Sanco) do bloco econômico. Com a medida, fica suspensa a exigência de resultados da análise de resíduo de histamina prévio ao embarque.
A histamina é uma substância produzida naturalmente por alguns tipos de pescado e que pode causar reações alérgicas se estiver presente em grande quantidade. No caso do Brasil, o principal peixe comercial que contém a histamina é o atum. O controle de temperatura do pescado evita que a substância seja produzida em quantidades prejudiciais ao consumidor. “Conseguimos comprovar aos europeus que as indústrias brasileiras são eficientes nesses controles, assim como as ações de fiscalização do governo”, explica o chefe da Divisão de Inspeção de Pescados e Derivados do Ministério da Agricultura, Lúcio Kikuchi.
De acordo com Lúcio, o controle prévio exigido pela DG-Sanco estava diminuindo a competitividade do produto nacional. Ele informa que o tempo necessário para a análise do atum retardava o embarque entre três e quatro dias, reduzindo o tempo de prateleira do pescado.
“O atum permanece fresco por até dez dias. Por isso, o exportador brasileiro não conseguia competir nas mesmas condições com outros produtores, principalmente, da Ásia. O pescado é um dos produtos de exportação que, mesmo com o dólar mais baixo, ainda tem preço remunerador, o que reforça a importância da decisão europeia”, afirma.
Nos próximos dias, a Direção-Geral da Saúde e Proteção do Consumidor vai oficializar a medida por meio de documento encaminhado pelo Ministério da Agricultura.
Fonte: Agrolink (acessado em 16/12/10)