Vigilância Sanitária de Sumaré (SP) interdita clínica veterinária

Três denúncias levaram a Vigilância Sanitária de Sumaré a interditar ontem uma loja agropecuária no Jardim São Domingos por funcionamento clandestino de clínica veterinária. O proprietário do estabelecimento, D.S., é acusado de exercício ilegal da profissão. Pelas denúncias recebidas, ele se passava por veterinário, fazendo consultas e cirurgias. A Polícia Ambiental e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreenderam cinco aves silvestres e o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) recolheu cinco animais domésticos.

Segundo a coordenadora da Vigilância Sanitária, Denise Torce Barja, o único documento que S. apresentou foi o alvará de funcionamento vencido em 2005. Ele também não tinha licença sanitária.

A equipe, acompanhada por dois guardas municipais, dirigiu-se à loja por volta das 10 horas, onde estavam S., a esposa e um funcionário. “As condições sanitárias eram terríveis. Higiene zero”, destacou Denise, explicando que nos fundos da loja há uma sala que funcionaria como clínica.

Na loja, foram apreendidos uma placa avisando sobre a consulta veterinária, soro, material cirúrgico e medicamento vencido. “Evidência (sobre o exercício ilegal da profissão) tem bastante. Temos fotos de tudo. Um cliente que fez cirurgia na pata direita de um cachorro confirmará a prática”, relatou Denise.

Vizinhos à agropecuária de S. informaram que o local oferece serviços veterinários e que o proprietário “tem uma boa clientela” de cães, gatos e aves.

A equipe também localizou, no quintal dos fundos, o corpo de dois cães e pelo menos três enterrados. Numa gaiola, estava preso um boxer, que S. informou ser de sua propriedade. Com sintomas de desnutrição e sob orientação do CCZ, o animal foi encaminhado para atendimento veterinário. Outros três cães, que o proprietário relatou serem dele, foram levados pela família. Para o CCZ foram encaminhados três cães e dois gatos que também estavam na propriedade e seriam para adoção.

Pássaros

A Polícia Ambiental e o Ibama foram acionados porque no estabelecimento havia três canários da terra e dois pássaros preto. Todos foram apreendidos por serem aves silvestres e serão encaminhados para ressocialização.

Para a fiscalização, S. teria informado que fez dois anos do curso de medicina veterinária. Mas não confirmou a informação para a reportagem, pois preferiu não se pronunciar. O advogado da empresa, Jean Carlo de Souza, alegou que seu cliente nunca disse que era veterinário e não faz consultas. “A gente entende que há excesso no que foi dito com relação a ele”, resumiu.

Fonte: O Liberal (acessado em 13/04/10)

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