Vírus da gripe suína se espalha mais rápido que o da comum, diz estudo

O vírus da gripe suína
parece se transmitir mais facilmente do que o da gripe comum aponta estudo
publicado ontem na revista "Science".
De acordo com os pesquisadores, que verificaram o padrão de disseminação da
doença, o vírus A (H1N1) deve ter afetado pelo menos 23 mil mexicanos até o
final de abril. A taxa de letalidade deve ser de quatro casos por mil
–severidade menor do que a da pandemia de 1918.
O estudo aponta ainda que no vilarejo de La Gloria, no México, as crianças abaixo de 15
anos são 61% dos infectados. O número é semelhante ao do trabalho publicado
no periódico "The New
England Journal of Medicine", apontando que 60% das pessoas
contaminadas nos EUA têm menos de 18 anos.
"Os resultados mostram uma transmissão muito alta, mas com severidade
baixíssima. A alta disseminação pode ser explicada porque as pessoas não
possuem anticorpos contra o vírus. Esbarrou, pegou", avalia o infectologista
Caio Rosenthal, do hospital Emílio Ribas.
Rosenthal diz que um dado que chama a atenção é o fato de a doença se
espalhar com mais frequência entre os mais jovens.
"Eles estão mais expostos do que os idosos. Talvez essa seja uma
explicação razoável."
Outro dado presente no trabalho do "New England" é a alta taxa de hospitalização (9%), bem
acima da registrada na gripe comum (1%, em média). Os sintomas mais
prevalentes entre os 642 casos avaliados foram febre (94%), tosse (92%), dor
de garganta (66%), diarreia (25%) e vômito (25%).
Os dois últimos não são sintomas da gripe sazonal e podem indicar uma
característica particular da gripe A.
Para a infectologista Maria Cláudia Stockler de
Almeida, Hospital das Clínicas de São Paulo, a alta taxa de internação deve
levar a uma mudança no conceito de como lidar com a nova gripe: "A
pessoa não poderá ir trabalhar com gripe, ir para a escola com gripe. As
empresas deverão dar licença para os empregados ou para os filhos deles que
forem infectados".

Fonte: Folha Online, acesso em 12/05/2009

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