A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã de sexta-feira (15/06), a operação Horizonte, com o objetivo de combater o tráfico de animais silvestres. Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, cinco na cidade de São Paulo e um em Presidente Prudente.
Até as primeiras horas da manhã foram apreendidos 20 pássaros, duas tartarugas e diversas anilhas, equipamentos de identificação de aves com suspeitas de adulteração ou falsificação.
O inquérito policial teve início, em abril de 2017, após a entrega na PF de pássaros Trinca-Ferro e Coleirinha, apreendidos pela Polícia Militar Ambiental de São Paulo num estabelecimento comercial da Capital.
Após a perícia, foi constatado que as aves estavam com anilhas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) falsificadas ou adulteradas. As anilhas, expedidas pelo Ibama, possuem números únicos, para que se possa identificar os animais. As investigações tentam identificar suspeitos e possíveis conexões entre eles.
Prática proibida
Na manhã desta sexta, foram cumpridos mandados em locais de responsabilidade de criadores amadores suspeitos de comercializar as aves. A prática é proibida pela legislação. Os criadores também não possuíam autorização do Ibama para essa atividade.
Os animais foram encaminhados para o Parque Ecológico do Tietê, onde uma perita criminal federal faz uma análise preliminar dos que permanecerão naquele local, onde receberão cuidados. Será verificada a possibilidade de voltarem à natureza.
Punições
Os suspeitos podem responder, na medida de suas participações, pelos crimes de manutenção de animais silvestres em cativeiro sem licença ou autorização, com penas de seis meses e de um ano de detenção e falsificação de selo ou sinal público, previstos no Código Penal, com penas de dois a seis anos de reclusão.
O Ibama informou que os suspeitos serão multados e suspensos no SisPass, sistema de criação amadorista de Passeriformes do Instituto.