A maioria dos 36 casos
de gripe suína confirmados no Brasil (69%) até o momento ocorreu em pessoas
com até 29 anos de idade, o que confirma a tendência mundial de o novo vírus
atingir mais os jovens. A maior parte do pacientes (16) foi infectada nos
Estados Unidos, aponta ainda análise do Ministério da Saúde. Ontem à noite a
pasta informou dois novos registros da doença,
para 38 o total de casos.
O sintoma mais presente entre os doentes foi a tosse
– em 94% dos casos -, seguido da febre, presente em 89%, diz o balanço. Não
há uma configuração de surto ou epidemia da doença no País. Em Florianópolis,
onde uma creche foi fechada (só reabrirá segunda) em razão de risco da gripe,
a secretaria estadual informou ontem que aguarda os resultados de exames de
20 crianças. Um aluno foi contaminado por uma tia doente.
“A criança não teve febre, apenas dor de garganta e
coriza”, disse Luís Antônio Silva, diretor da Vigilância Epidemiológica do
Estado. A secretaria estadual está revisando os casos e discute com o
Ministério da Saúde uma possível mudança nos critérios para classificar um
caso como suspeito, afirmou o diretor. Segundo especialistas, a febre, apesar
de ser critério essencial, não tem se manifestado em até 20% dos pacientes em
diversos países. “Mas a febre é o principal diferencial entre as gripes e os
resfriados comuns”, afirmou Jarbas Barbosa, gerente da Área de Vigilância em
Saúde e Gestão de Doenças da Organização Pan-Americana de Saúde, que não vê
necessidade de alteração de critérios.
O ministério informou que mantém um processo de avaliação contínua dos
protocolos de definição de casos e que não há ainda nenhuma indicação de
revisão. A Secretaria de Saúde de Campinas informou que a criança internada
no Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
desde a última quarta-feira como caso suspeito de gripe suína teve alta ontem
e permanecerá em isolamento domiciliar. O resultado do exame da criança,
coletado no HC, foi inconclusivo. Por isso, nova amostra foi coletada para
ser enviada ao Instituto Adolfo Lutz,
Fonte: Estado Online, acesso em 09/06/2009