Galos e galinhas serão despejados de parque em Londrina, no Paraná

O cacarejar dos galos e galinhas que moram no bosque central de Londrina, no Paraná, parece estar com os dias contados. O Conselho Municipal do Meio Ambiente (Consemma) deliberou nesta quarta-feira pela retirada de cerca de 60 aves que residem ali devido às recorrentes reclamações de freqüentadores e moradores da região.
Segundo o coordenador da Câmara Técnica de Fauna e Flora do Consemma, Eduardo Panachão, o parecer favorável surgiu após a solicitação da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU). A decisão foi tomada de acordo com as leis da Constituição Federal que concede ao Estado o poder sobre todo animal dentro do território brasileiro. Ainda dentro da legislação, o Código de Posturas do Município de Londrina proíbe a permanência de animais em parques, praças e em outros espaços no perímetro urbano.
“Tivemos de ser imparciais, já que parte da população aceita a retirada e outra é contra. Agimos de acordo com a legislação”, explica Panachão.
O Consemma sugeriu à CMTU que providencie como medida de proteção um destino adequado aos animais.
“Os galos e galinhas podem ser doados a algum proprietário rural ou então destinados para a pesquisa na Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Departamento de Veterinária (Fazenda Escola)”, disse o coordenador.
O assessor técnico da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU) Gilmar Domingues Pereira afirma que a partir de hoje equipes farão o levantamento da quantidade exata de animais existentes no local. Ele garante que ainda neste mês a morada dos animais vai mudar.
“Vamos realizar uma estratégia de retirada e dar prioridade aos proprietários rurais que tiverem interesse em receber os galos e galinhas do Bosque. Nos próximos dias serão realizados os cadastros dessas pessoas interessadas; até o fim do mês a situação será regularizada”, afirma.
Os galos costumam cantar de madrugada e causam irritação em parte dos moradores de edifícios ao redor do bosque. Mas o aposentado Ernesto Ferreira de Oliveira diz que não vê razão para tal medida. Na opinião dele, a retirada dos animais do Bosque não corresponde à preferência de todos.
“Pelo contrário, até gosto da presença dos garnisés por aqui. Lembro com saudade dos tempos da roça”, conta.
Em maio deste ano, moradores contrários a retirada fizeram um abaixo-assinado com quase 120 mil assinaturas que foi entregue ao município. Mas, de acordo com a decisão do Comsemma e da CMTU o cocoricó dos bichos vai entoar em outras redondezas nos próximos meses.

Fonte: O Globo Online, acesso em 03/09/2009

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