Mosca-de-estábulo torna-se vilã nos rebanhos

A proliferação e ataque da mosca-de-estábulo tornou-se um dos principais problemas nos rebanhos bovinos brasileiros, gerando prejuízos e sofrimento nos animais. Emagrecimento, coceira, inquietação, caída do pelo, queda na produção de leite, ferimento no couro e agrupamento de gado são algumas das consequências geradas pela mosca, encontrada facilmente em regiões próximas a usinas de cana-de-açúcar, atraída pela palha da cana e pela vinhaça, subproduto originado da produção do etanol.

Devido ao ataque do inseto, que se alimenta de animais de sangue quente e tem uma picada dolorida, o gado passa a ter um comportamento mais agitado, pois passa grande parte do tempo tentando espantar a mosca ou refugiado dentro de açudes. “Isso atrapalha a alimentação, pois os animais não conseguem ficar tranquilos no pasto ou nos cochos”, explica Osvaldo Baliero, capataz geral da Agropecuária Jacarezinho, empresa do município de Valparaíso (SP), com sede em Cotegipe (BA), especializada em produção de sêmen, inseminação artificial e seleção de bovinos geneticamente superiores.

Além do estresse, a mosca pode transmitir agentes e bactérias que provocam doenças como brucelose, febre aftosa e problemas intestinais. “A aplicação de vermífugos e inseticidas ajuda a amenizar o problema, apesar de não ser a solução definitiva”, destaca Baliero.

A zootecnista da agropecuária, Marcela Contadini, ressalta que todos os artifícios usados para espantar a mosca funcionam apenas por alguns dias, pois ainda não existe nenhum princípio ativo com tal eficiência que possa, além de espantar, matar o inseto. ”Existem estudos em andamento que têm como foco a descoberta de algum fator biológico para eliminar a mosca”.

De acordo com a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, órgão vinculado ao Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a mosca-de-estábulo tem quase o mesmo tamanho e aparência de uma mosca doméstica, diferenciando-se pela tromba alongada do aparelho bucal, que utiliza para sugar o sangue do animal.

Fonte: Portal do Agronegócio (acessado em 13/01/10)

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