CCZ de Rio Preto matou 15 animais por dia em 2009

Nos dois últimos anos, o CCZ – Centro de Controle de Zoonoses de Rio Preto sacrificou 11.327 cães e gatos, uma média de 15 por dia. São vira-latas e animais de raça que chegam todos os dias doentes ao órgão. Nesse mesmo período, apenas 2.128 animais foram adotados pela população e, segundo Augusto Azevedo da Silva, coordenador da Vigilância Ambiental, a maioria é abandonada e retorna ao CCZ para morrer.

“É uma pena saber que tantos animais foram sacrificados, mas esse tipo de situação ocorre porque os donos não cuidam e nem dão assistência necessária. São as próprias pessoas que levam esses cães e gatos para serem sacrificados”, afirma Silva.

Yone Cocenzo, membro da Arpa – Associação Rio-pretense de Proteção aos Animais, concorda que a responsabilidade pelos animais sacrificados é do dono. “Não dá para culpar o Centro de Zoonoses ou o poder público se a própria pessoa não cuida do animal dentro de casa.” Para ela, falta consciência por parte da população. “Cuidar de um animal nem sempre sai barato. Só que as pessoas se esquecem disso e acabam abandonando os bichinhos”.

Doenças

O coordenador da Vigilância Ambiental garante que todos os animais são avaliados por um veterinário antes de serem sacrificados. “Se houver a possibilidade de recuperação, o cão ou o gato vai passar por tratamento e depois será disponibilizado para adoção”.

Segundo ele, o CCZ conta com a ajuda do Hospital Veterinário da Unirp para casos complexos que exigem procedimento cirúrgico. “Nenhum animal sadio é morto”. Yone, no entanto, acredita que muitos animais acabem adoecendo no Centro de Zoonoses. “Um animal com sarna, por exemplo, que fica num ambiente com outros animais com doenças incuráveis, acaba sendo contaminado”.

Adoção

Em média, três animais são adotados por dia no CCZ. O número, ainda que baixo, tem aumentado a cada ano. Em 2008, 900 cães e gatos ganharam um novo lar, enquanto que no ano passado 1.228 animais ganharam um lar. De acordo com Silva, é muito fácil adotar um animal, basta procurar o Centro de Zoonoses de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e preencher um termo de adoção.

O interessado vai receber o animal castrado e vacinado. “Tentamos sensibilizar a pessoa sobre a importância de cuidar, mas nem sempre quem adota fica com o cachorro ou com o gato, que acaba retornando ao CCZ doente”

Abandono

O número de abandonos tem crescido a cada ano. Em 2008, 2.409 cães e gatos deixaram de receber o carinho e a atenção dos donos. No ano passado, esse número saltou para 2.852. Yone conta que recebe ligações toda semana de pessoas querendo se desfazer dos animais mais velhos.

“Tem cachorros de 10, 11 anos que os donos não querem mais. O problema é como inserir um cachorro nessa idade numa outra família. Por isso ele vai para a Zoonoses, fica deprimido, com a imunidade baixa fica doente e acaba sacrificado”, diz.

Fonte: Diarioweb (acessado em 14/01/10)

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