Fique atento aos sinais do câncer de mama nos pets

Às vésperas das comemorações do Dia Mundial da Saúde, na próxima quarta-feira, 7 de abril, fica o alerta para problema grave que não atinge apenas os humanos. Trata-se do câncer de mama, uma das incidências mais comuns principalmente em cadelas e gatas não castradas. A boa notícia é que a doença é facilmente combatida. Estima-se que animais castrados antes do primeiro cio têm apenas 0,05% de risco de desenvonvê-la, enquanto após os 6 anos, as cadelas têm até 50% de chances. O risco para as gatas é ainda maior: cerca de 86%.

Infelizmente, sabe-se que cães e gatos geralmente desenvolvem algum tipo de câncer no decorrer da vida. A doença é caracterizada por um grupo de células que se desenvolvem, invadem e destroem outras partes saudáveis do corpo. Ela pode, inclusive, se espalhar em um processo chamado metástase, o que pode ser fatal, em muitos casos. Assim como os tumores humanos, os que ocorrem em animais podem atingir a pele, ou qualquer outra parte do corpo, até mesmo os ossos.

No caso do câncer de mama, além da castração precoce, é sempre bom verificar os sinais do problema, que são visíveis na maior parte dos casos. “O único sinal de tumores de mama é a presença de nódulos na cadeia mamária, que podem ser palpáveis ou não”, explica o diretor clínico do Hospital Veterinário PetCare, Marcelo Quinzani. Ele orienta ainda que é bom ficar atento a protuberâncias ou caroços que surjam no corpo do pet.

Já no caso de outros tipos de cânceres, o aparecimento de pigmentos escuros ou avermelhados também podem ser sinais da doença. É importante ficar atento a ferimentos e machucados que não cicatrizam ou demoram a cicatrizar, bem como mudanças repentinas no comportamento do animal. Falta de apetite ou dificuldade de engolir os alimentos são alguns indícios de problemas.

Os especialistas em oncologia animal também alertam para a perda de peso ou vômito, especialmente em animais idosos. Pets com dificuldade para respirar ou com tosse precisam ser avaliados, pois os sintomas, por vezes associados com resfriados, podem ser sinais de algo mais grave. O sinal vermelho deve ser aceso, no entanto, se a urina do animal estiver acompanhada por sangue ou se ele sentir dor ao urinar ou dificuldade de defecar.

Tratamento e cura

Depois de constatado o tumor mamário, o único tratamento é a cirurgia, procedida ou não de quimioterapia. “Após a identificação do tipo de tumor, grau de malignidade e margens cirúrgicas, institui-se ou não a quimioterapia, que normalmente é constituída por drogas injetáveis aplicadas de 7 a 21 dias em um mês (dependendo do caso), durante um período de até seis meses”, explica Quinzani.

O veterinário lembra ainda sobre a possibilidade do câncer voltar, mesmo depois de retirado. Por isso, é importante avaliar periodicamente o animal. No caso de tumores mamários, por exemplo, como os órgãos ficam próximos do tórax e fígado, exames de raios-X precisam ser feitos para descartar a hipótese de metástase antes e depois da cirurgia. Na maioria dos casos, um diagnóstico precoce aumenta consideravelmente as chances do animal sobreviver.

Fonte: PetMag (acessado em 07/04/10)

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