Vacina desenvolvida na UFPR cura doença na pele de cães

Está em fase de licitação na Agência de Inovação uma vacina inédita no Brasil, produzida por pesquisadores dos cursos de Medicina Veterinária da UFPR em Curitiba e Palotina (PR). A vacina, que funciona tanto de forma preventiva quanto curativa, combate a bactéria que causa a piodermite canina, doença infecciosa que afeta a pele dos animais.

O trabalho durou cerca de quatro anos e analisou a bactéria Staphylococcus pseudintermedius, causadora da doença. A pesquisa descobriu que ela produz cerca de 15 substâncias nocivas aos cães.

A partir daí, os pesquisadores desenvolveram uma vacina que apresenta tanto propriedades preventivas quanto curativas. Segundo o professor José Francisco Warth, ela serve tanto para estimular o animal saudável a produzir anticorpos, quanto para ativar o sistema imune adormecido do cão já infectado.

“Nesse último caso, ocorre o que chamamos de efeito booster: as substâncias que inoculamos no animal se juntam às que ele adquiriu quando foi infectado, acordando células de memória do sistema imunológico que estavam apenas parcialmente ativadas”, explica o professor.

Quando atua preventivamente, a vacina alcança um índice de eficácia de 88%. Os cães já infectados apresentaram rápida melhora em cerca de uma semana. A fase experimental dessa pesquisa foi desenvolvida em Curitiba, mas o embasamento teórico para tanto foi realizado durante o doutorado da pesquisadora Cybelle de Souza, do campus Palotina, na Universidade Estadual Paulista (Unesp). “A professora Cybelle já levou para o doutorado essa nossa proposta de desenvolver a vacina”, observa o professor Warth.

Na fase experimental, os cães já infectados utilizados pela UFPR estavam sob a tutela da Sociedade Protetora dos Animais, que acolhe animais frequentemente afetados por doenças de pele. Os animais saudáveis pertenciam à própria universidade. De acordo com o professor Warth, existe apenas uma vacina similar à desenvolvida na UFPR, feita nos Estados Unidos. “Mas ela não cura, apenas previne”, alerta ele.

Fonte: Bem Paraná (acessado em 07/05/10)

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