Sales de Oliveira (SP) aperta o cerco

No sábado, 22 de maio, dia de Santa Rita de Cássia, o município de Sales Oliveira, oito mil habitantes, a 40 quilômetros de Ribeirão Preto, completou 103 anos. Entre o melhor dos festejos, destacou-se a bela e concorrida procissão em homenagem à padroeira. Num andor ornamentado por belas flores, Santa Rita foi incensada e carregada por algumas ruas da cidade. Depois disso, nenhum outro cão foi morto em Sales com suspeita de envenenamento.

O último caso havia ocorrido quatro dias antes, (17, segunda-feira) e foi comunicado à polícia. O Boletim de Ocorrência, o quarto notificando morte de cães, informava o encontro do corpo de um cachorro sem raça definida, às 9h, numa lixeira na avenida Mogiana, em frente à rodoviária. M.A.A, autora da queixa, achou que fosse um animal por causa do formato do saco de lixo.

Era o corpo de Amarelo. A denunciante foi Maria Aparecida Amador Marangoni, a Pingo, que mantém na cidade um comércio de banho e tosa de animais.

Indignada com outra morte, dessa vez decidiu ir fundo e bancou a retirada das vísceras de Amarelo, na única clínica veterinária de Sales. Constatada a existência de pedaços de salsicha no intestino e indícios do uso de “chumbinho”, ela enviou as vísceras para exames toxicológicos em Franca e Bauru.

Pingo não tem dúvidas de que todos os cães foram mortos por envenenamento. Ela apenas quer uma prova oficial documentada.

O primeiro boletim policial sobre morte de cães foi registrado no dia 27 de abril. A denunciante, IJC, relatou ter encontrado os corpos de três animais sem raça definida, às 7h, na Avenida Mogiana, em frente ao ginásio municipal. Ela disse que os conhecia da rua, que estavam bem de saúde no dia anterior e estranhava as mortes. Os cães não tinham nomes.

No dia seguinte, outra testemunha, IJC comunicou o encontro do corpo sem raça definida, em frente ao ginásio muncipal. No dia 14 de maio, o corpo do quinto cão foi encontado na Rua Voluntário Nélio Guimarães, em frente ao número 232, um prédio municipal. Era a sexta morte oficial.

Extraoficialmente, as mortes de cães e gatos são estimadas entre 30 a 40. Pingo cita nomes de pessoas que perderam cães.

“Dona Rita Machado perdeu um, o “seu” Élcio Esteves perdeu dois, o rapaz do pet-shop perdeu um cão. Na mesa da Angélica Bezzan (veterinária) morreram mais dois. No Marincek (bairro) os cães mortos foram embalados e levados pelo caminhão de lixo. Ninguém registrou BO. Junto com os cães do Centro, morreram dois gatos, também levados em sacos de lixo”, afirma Pingo.

José Faiane, 76 anos, tem um bar na Rua São José. De um dia para outro, ele sentiu a falta de seis gatos que via diariamente num terreno perto de seu comércio. “Foram mortos”, confirmou.

Fonte: Jornal A Cidade (acessado em 31/05/10)

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