Gatos desaparecem do cemitério do Araçá, em SP

Um mistério ronda há dois meses o cemitério do Araçá, na avenida Doutor Arnaldo, na região do Pacaembu, em São Paulo.

Quase tão tradicionais no local quanto os mausoléus de famílias quatrocentonas paulistanas, os gatos, que antes passeavam sossegados entre os túmulos, agora desaparecem sem deixar rastros. Desde abril, estima-se que cerca 80 deles sumiram.

A situação vem tirando o sono dos protetores dos felinos do local, ao menos seis, cada um com sua “região” específica do cemitério. Uma das mais atuantes é Roseli Cometti, 63. Há seis anos a aposentada cuida, todos os dias, dos bichanos, mas, diz ela, nunca passou por situação semelhante.

“Há uns dois meses apareceram alguns corpos, pareciam envenenados, outros, mortos por cachorros. Agora eles somem e a gente não vê nenhum corpo”, diz.

Seus gatos são os mais gordinhos, o que é causa de maior preocupação e a faz levantar uma hipótese que a leva às lágrimas. “Eles são gordos, bons para vender para restaurante”, se referindo à reportagem sobre cães e gatos que eram consumidos em estabelecimentos coreanos do bairro do Bom Retiro.

Adélia Iurilli, 69, também protetora, divide a preocupação. Ontem, levou ao cemitério uma lista com o nome de “seus gatos”. À medida que as duas percorriam os túmulos, ficavam aliviadas por ver um animal mais estimado e saber que não sumiu.

Os animais andam assustados. “Eu não sei como pegam eles, nem eu consigo mais pegar”, diz Roseli.

Sobre as ações do cemitério para conter os sumiços, Roseli afirma que fala para o administrador: “Seu David, o senhor parece marido traído, nunca sabe de nada!”

Público

Pedro Facchini, 44, que tem parentes enterrados no cemitério, diz que os gatos “não incomodam”. Opinião semelhante tem Simone Almeida, 37, que estava em um velório. “Vi um gatinho, achei simpático”.

Para o administrador do local, Carlos David, a quantidade de gatos no cemitério não mudou muito. “Apareceram gatos mortos, mas não acredito em toda essa diferença que falam”. Segundo ele, estão sendo tomadas “providências”, e cães que frequentavam o cemitério à noite foram “espantados”.

“Algumas famílias reclamam que os gatos fazem cocô em cima da sepultura. Eu não posso fazer nada”, diz o administrador.

Segundo o delegado da 1ª Delegacia do Meio Ambiente, Celso Damasceno, onde foi feita a queixa sobre o caso, o encaminhamento desse tipo de ocorrência é parecido com o feito em delegacias comuns. No caso do Araçá, há inquérito aberto, mas nenhuma suspeita foi levantada.

Dois investigadores da delegacia participarão hoje de uma reunião convocada pelo Centro de Controle de Zoonoses, que controla a população de gatos com castrações. Serão ouvidos os protetores e a administração do cemitério.

Fonte: Folha de S. Paulo (acessado em 23/06/10)

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