Criação de tilápias em tanque-rede é nova atividade de produtores rurais de SP

A criação de tilápias em tanques-rede é a mais nova atividade econômica de produtores rurais dos municípios de Natividade da Serra, Redenção da Serra e Paraibuna, no Vale do Paraíba, a 120 quilômetros de São Paulo. Os produtores, que tiveram parte de seus territórios atingidos pelas águas do reservatório de Paraibuna, estão animados com as perspectivas do setor. As primeiras gaiolas foram instaladas no reservatório há cerca de três anos, mas hoje já somam mais de 1.200, com previsão para a safra 2010/2011 de 1.800 toneladas. O peixe, considerado nobre, tem aproveitamento quase total, além de carne saborosa.

“A Casa da Agricultura já tinha esta proposta há muito tempo, mas, sabendo do alto custo do investimento, não encontrava produtores locais com recursos para instalar a atividade. Há quatro anos, fomos procurados por um empreendedor que pretendia iniciar a atividade e resolvemos realizar uma reunião de sensibilização. Nela, tivemos 14 adesões”, explica a engenheira agrônoma da Casa da Agricultura, Sandra Regina dos Santos Rezende.

Atualmente, 34 produtores formaram a Associação de Aquicultores de Natividade da Serra e região, e, em parceria com a prefeitura local, a Casa da Agricultura, o Sebrae e outros órgãos, tem garantido acompanhamento técnico para os associados. Quatro são considerados grandes, com mais de cem tanques-rede na água; três são médios, com 30 a 40 tanques; e 19 têm até 20 tanques. Os demais ainda não criam.

Além de servir para alimentação, a tilápia fornece outros subprodutos. As escamas são transformadas em biojoias e artesanato, o couro pode ser usado na confecção de bolsas e outros acessórios, e as vísceras e carcaças podem ser transformadas em compostagem e fornecidas aos agricultores familiares. Dessa forma, é possível controlar a emissão de resíduos e preservar o meio ambiente.

O ex-empresário do ramo de barbantes Afonso Celso de Brito, a esposa, Ester Lobianco, e o filho Fábio Lobianco Brito, saíram de Itatiba, na região de Campinas, e foram se instalar às margens da represa, em Natividade da Serra, com a finalidade específica de criar tilápias. Brito diz que procurou por seis anos um lugar onde pudesse realizar o desejo antigo de trabalhar com essa atividade e não se arrepende. Com 30 gaiolas na água, e com previsão de colocar mais 20 até o fim do ano, ele considera que já chegou ao ponto de equilíbrio do negócio. “Consigo tirar o meu sustento daqui”, afirma.

Sua produção anual atinge cerca de 50 toneladas, divididas em duas safras, com produção média de mil quilos de peixe por gaiola. A espécie utilizada por ele é resultado de uma série de cruzamentos, que resultaram num produto geneticamente melhorado, adequado às condições da região.

Segundo Afonso, o custo de instalação de um tanque é de R$ 3 mil e a ração consome 80% do custo para a criação até o ponto de abate, quando o peixe atinge cerca de 800 gramas. “É preciso tomar cuidado para não haver desperdício, pois isso diminui o lucro”, destaca.

A maior parte da produção é vendida para pesqueiros, mas ele aposta na futura indústria de processamento que está sendo montada pela associação para melhorar a venda. “Isso vai agregar valor”, diz.

Fonte: O Estado de São Paulo (acessado em 16/11/10)

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