Diabetes entre pets preocupa veterinários

O aumento da incidência de casos de diabetes entre os animais de estimação nos últimos anos preocupa a classe veterinária. O assunto foi discutido durante o Congresso Internacional de Endocrinologia Veterinária, realizado na última semana no Rio de Janeiro.

Assim como nos humanos, a doença está relacionada com a obesidade e o sedentarismo. Segundo o médico veterinário Andrei Nascimento, o diabetes pode afetar um em cada cem cães e gatos. Os principais sintomas da doença são aumento da sede, perda de peso (apesar do aumento do apetite) e urinar frequente. Posteriormente, o animal também fica desanimado.

Há quatro meses, a estudante Thamy Morais descobriu que sua poodle Jessie, de 9 anos, é diabética. A cadela apresentou todos os sintomas citados pelo veterinário e chegou a ficar 20 dias sem comer. ”Para que Jessie aguentasse o tratamento, eu fazia um caldo e dava na boca dela com uma seringa”, afirma.

Com o tratamento, Jessie se recuperou, mas a taxa de glicose no sangue ainda está alta. “Todos os dias ela precisa tomar oito unidades de insulina e passa por exames semanalmente”, diz Thamy.

Segundo Nascimento, consultas regulares ao veterinário são fundamentais para o diagnóstico precoce da doença e o tratamento adequado. “O diagnóstico é feito por meio de um exame clínico e de exames laboratoriais, como a dosagem dos níveis de glicose no sangue e na urina”.

Ele explica ainda que o tratamento é feito com insulina e deve ser orientado pelo médico veterinário. Como no ser humano, o diabetes em cães e gatos pode matar. “Se não tratada adequadamente, uma série de complicações poderá acontecer, devido às altas concentrações de glicose na corrente sanguínea. Ao longo do tempo, essa concentração causará danos irreparáveis em órgãos importantes, como rins e fígado”, afirma Nascimento.

Incidência em animais obesos

Em muitos casos, o diabetes está ligado a fatores genéticos. Porém, a incidência da doença em animais obesos é cada vez mais alta. Segundo o veterinário, para prevenir a doença é importante que o animal mantenha uma dieta equilibrada e pratique exercícios físicos.

Além de aplicar insulina diariamente, dieta e atividade física fazem parte do tratamento da poodle Jessie. “Durante toda a vida, ela só comia ração com patê e ficou acima do peso. Hoje, come uma ração diet que custa cinco vezes mais que a outra. As despesas aumentaram, mas faremos o que for preciso para que Jessie tenha uma boa qualidade de vida, mesmo com a doença”, diz Thamy.

Fonte: Jornal Correio de Uberlândia (acessado em 29/11/10)

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