O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Ribeirão Preto realizou nesta semana um censo de animais no Parque dos Servidores 1, na zona Leste de Ribeirão Preto, para apontar o número de abandonados e tentar uma espécie de adoção coletiva de cães e gatos. O projeto piloto, denominado “Cão Comunitário”, faz parte de uma parceria entre o órgão, entidades de proteção animal e uma veterinária voluntária.
O objetivo é garantir os cuidados dos animais tratados pelos moradores nas ruas com a ajuda de um cadastro único. Das 239 casas do bairro visitadas entre os dias 6 e 10 deste mês, 25% não foram visitadas porque os moradores não estavam. Os agentes registraram 153 cães em domicílios, sete abandonados, que perambulam pelas ruas sem cuidados, e quatro comunitários, que vivem nas ruas, mas são tratados pela vizinhança. Outros 31 animais têm donos, mas ficam nas ruas.
A chefe do CCZ, Eliana Colucci, diz que o cadastro único para registrar animais comunitários servirá para monitorar os que vivem nas ruas e evitar o recolhimento de cães e gatos saudáveis. “Vamos trabalhar a população para que respeite o bem-estar do animal. Muita gente não conhece a legislação, que permite que animais que criaram laços na comunidade continuem nas ruas, desde que cadastrados, vacinados e com assistência veterinária”.
Como funciona
Segundo Eliana, os animais comunitários vão receber identificação, como tatuagens, e terão os perfis cadastrados. Um dos cuidadores deve ser identificado.
A veterinária voluntária do projeto, Ana Lúcia Baldan, disse que uma reunião está marcada para esta quinta-feira, para decidir sobre a conscientização na comunidade e nas escolas. “Também vamos abordar a posse responsável, para que os donos não deixem animais nas ruas.”
Fonte: Jornal A Cidade (acessado em 16/06/2011)