Começou hoje e vai até dia 06/07, no Instituto Agronômico (IAC) de Campinas (SP), o Workshop de Curadores de Germoplasma do Brasil. O evento é promovido anualmente pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desde 2007, com o objetivo de reunir os responsáveis por recursos genéticos de plantas, animais e micro-organismos no Brasil para trocar informações e experiências sobre as atividades de pesquisa, envolvendo coleta, intercâmbio, caracterização, conservação e documentação de recursos genéticos.
O evento também vai debater outros assuntos relevantes, como a legislação relacionada a essas pesquisas no Brasil, incluindo o Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para Alimentação e a Agricultura (TIRFAA). Este ano, o workshop está sendo realizado em parceria com a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) e vai reunir diversas organizações estaduais de pesquisa agropecuária (OEPAs) que atuam na área de recursos genéticos.
Segundo a supervisora do sistema de curadorias da Embrapa e pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Marília Burle, essa aproximação é muito importante, pois todas essas instituições atuam na conservação de recursos genéticos ao longo dos últimos 40 anos.
A Embrapa possui hoje aproximadamente 195 coleções, incluindo plantas, animais e micro-organismos, e as OEPAs e universidades mantêm 243. “A união entre todas as instituições que atuam na conservação e uso sustentável de recursos genéticos ligados à cadeia produtiva é fundamental para garantir a segurança alimentar, especialmente se considerarmos que o Brasil é um país de megabiodiversidade e um importante produtor mundial de alimentos”, enfatiza a pesquisadora.
Ela acredita que o evento trará excelentes resultados, já que a conexão entre as instituições envolvidas com os recursos genéticos no Brasil impacta diretamente no fortalecimento das ações de conservação desses acervos no País. “Esse vai ser o primeiro exercício de gestão integrada das coleções de recursos genéticos e esperamos que resulte na melhor definição de demandas e prioridades para as pesquisas brasileiras, maximização de utilização de recursos e compartilhamento de informações”, afirma Burle.
Fonte: Agrosoft (acessado em 04/07/2011)