Vermifugação de gatos traz proteção para a família

Considerados os responsáveis pela domesticação do gato, os egípcios já mantinham o felino como animal de estimação desde 4000 a.C. Hoje, estima-se que existam em torno de 250 raças domesticadas, que convivem diariamente com as famílias em casas e apartamentos.

Com hábitos peculiares, os gatos são independentes, o que os expõe a situações em que são ameaçados por parasitas, com consequente risco de transmissão para os humanos. A verminose é uma patologia comum em gatos, sendo os nematoides (vermes redondos) Ancylostoma spp e Toxacara cati os de maior incidência. A contaminação ocorre quando o animal ingere larvas ou ovos presentes no ambiente. Entre os chamados cestodeos (vermes chatos), o mais comum é o Dipylidium caninum, transmitidos pela ingestão acidental das pulgas, hospedeiros intermediários desse verme.

De acordo com a professora-doutora de Patologia e Clínica Cirúrgica I da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e especialista em gatos Heloísa Justen, os vermes intestinais, quando adultos, instalam-se no aparelho digestivo e trazem riscos à saúde do animal e de quem convive com ele.

“Os animais podem apresentar sintomas como pelo seco e sem brilho, com queda excessiva, diarreia, fezes com sangue, apatia, perda de peso e apetite, anemia e vômitos, sinais que podem evoluir e levar à morte. Já aos humanos, o parasita Ancylostoma spp pode evoluir para a forma da larva migrans cutânea, conhecida popularmente como ‘bicho-geográfico’, caracterizada pela penetração da larva do verme na pele, formando lesões sinuosas que se assemelham a um mapa, causando coceira. Já no caso do Toxocara cati, o verme pode evoluir para a forma da larva migrans visceral e se alojar em diferentes partes do corpo humano. Os sintomas variam desde dores abdominais, náuseas, vômitos, tosse e febre até estrabismo, diminuição da visão e cegueira, caso haja alojamento da larva em tecidos oculares. A infecção ocorre pela ingestão acidental dos ovos do verme, a partir do contato com o solo ou objetos contaminados (mãos levadas à boca). A dipilidiose ocorre quando uma pulga com o Dipylidium caninum é ingerida acidentalmente”, afirma Heloísa.

O estado de saúde do gato será determinante para o grau de severidade da atuação das verminoses em seu organismo. Fatores como idade – jovens e idosos são mais suscetíveis –, alimentação adequada e outras doenças pré-existentes podem agravar o quadro.

Para evitar a verminose nos felinos e a transmissão aos seres humanos, é muito importante que o animal receba frequentemente vermífugo de amplo espectro, que oferece praticidade na aplicação, pois em um tratamento único elimina os nematoides e cestoides nas formas adultas e larvais, sem necessidade de repetir a dose após 15 ou 30 dias. Esses vermífugos podem ser utilizados por gatas prenhes, em lactação e filhotes a partir de oito semanas de idade, com peso acima de 0,5 kg. A aplicação é realizada na região da nuca do felino, que pode receber a vermifugação após o banho, com os pelos secos.

Elimine as verminoses

Com alguns cuidados higiênicos é possível evitar as verminoses, apesar do controle efetivo se dar com a vermifugação preventiva, sempre orientada por médico veterinário. Veja algumas dicas que podem auxiliar a manter os vermes longe de seu animal de estimação.

* Gatos têm instinto caçador e podem adquirir alguns tipos de vermes ao abocanhar um roedor ou lagartixa, por exemplo. Por isso, mesmo gatos que vivem no interior de casas ou apartamentos precisam fazer, com regularidade, exames para detectar a presença de parasitas.
* Mantenha o animal sempre limpo, escovando os pelos sempre que necessário.
* O ambiente em que o gato circula deve estar sempre higienizado, assim como a caixa de areia, que deve ser trocada diariamente, usando luvas, e periodicamente ser lavada com água e sabão.
* Previna o aparecimento de pulgas, pois elas também transmitem vermes.
* Leve seu gato ao médico veterinário com regularidade, pois o profissional poderá orientar sobre exames e tratamentos necessários.

Fonte: A Tribuna Piracicabana (acessado em 21/07/2011)

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