Animais de companhia também precisam de proteção solar

Sol quente, praia, mar, piscina. Com a chegada das férias, é tempo de saudar o verão. Nesta época, as precauções com a pele estão em evidência. Mas a necessidade de proteger a pele dos raios nocivos não vale só para humanos. Os animais, cuja estrutura cutânea, embora coberta de pelos, também é bastante suscetível à ação das radiações UVA e UVB, também precisam ser submetidos a cuidados especiais.

Cães e gatos de todas as espécies são afetados por raios solares. Mas os de pele mais clara e especialmente os albinos, que apresentam o focinho e as orelhas – áreas mais expostas – despigmentados, são sérios candidatos a dermatites solares e cânceres de pele. Este último, mais grave, pode se apresentar como uma ferida que não cicatriza, apesar das várias tentativas de tratamento.

Segundo o veterinário Rogério de Hollanda, a aplicação do protetor solar no pet pode ser feita na com um produto na forma de spray ou creme, principalmente nas pontas das orelhas, no focinho e nos testículos (caso o animal seja macho). Se ele adora ficar exposto ao sol, é aconselhável aplicar o produto também na barriga e em qualquer parte do corpo com pouco pelo. “Os animais predispostos ao câncer de pele não devem ficar muitas horas expostos ao sol. As pessoas devem passear com o animal em horários antes das 10h e após as 17h”, adverte o veterinário.

Outra preocupação é com os animais mais velhos, com mais de seis anos, que têm tendência à redução na pigmentação natural da pele e precisam de mais cuidados. “Um pet de mais idade precisa usar protetor solar em praticamente todo o corpo. Tanto os animais albinos como os de pele mais escura têm uma despigmentação natural e necessitam de maior proteção possível”, explica Hollanda.

Apesar de alguns protetores solares específicos para cães e gatos já estarem disponíveis em pet shops, a maioria dos donos ainda desconhece a necessidade de proteção solar para os animais. Dona de uma poodle de 12 anos, a administradora Maria Claudia Tomaz nunca usou nenhum tipo de protetor solar em Malu, sua mascote. Ela sai pouco de casa e praticamente não se expõe ao sol. “Prefiro sair de manhã cedo ou no final da tarde com ela. Quando saímos em outro horário, a pele dela fica irritada, mas mesmo assim não usamos nenhum produto. Nem sabia desse tipo de tratamento” reconhece Cláudia.

Para Hollanda, o pouco conhecimento sobre a necessidade de proteger a pele do animal se deve à rara abordagem dos veterinários. “Posso confessar que é um pouco de nossa culpa a não-prevenção. Não temos quase nenhum produto no mercado para a proteção e acabamos não difundindo esse tipo de tratamento”.

Fonte: Diário de Pernambuco (acessado em 04/01/2012)

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