A atualização do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa) tem sido alvo de discussão pelos órgãos envolvidos. Médicos veterinários e professores de universidades afirmam que o maior problema é a proposta de autorregulação.
O presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), Francisco Cavalcanti de Almeida afirmou, em entrevista ao Canal Rural, a importância do médico veterinário como Responsável Técnico nas fazendas. “Hoje, a gente defende que cada fazenda tenha o seu médico veterinário responsável. De ele assumir as responsabilidades, desde a aplicação de medicamentos até o manejo dos animais, preservando sempre o seu bem-estar. Isso é uma conduta que nós temos que batalhar. Ainda é deficitário em São Paulo, como em alguns outros Estados do Brasil”, disse o presidente.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa a cadeia de suínos e aves, acredita, por exemplo, que é preciso dividir as responsabilidades na hora de garantir a qualidade dos produtos que saem das indústrias. “Ele (o Riispoa) foi todo feito com o objetivo do governo ser o responsável pela qualidade e segurança dos alimentos de origem animal para o consumidor. E, na realidade, existe uma responsabilidade compartilhada. Quem produz a partir de uma legislação que o Brasil tem, que é a Lei de Defesa do Consumidor, quem produz o produto, produz o alimento, tem responsabilidade sobre aquilo que produz. Então, o Riispoa precisa se adequar a este processo”, diz o vice-presidente do setor de suínos da ABPA, Eduardo Saldanha Vargas.
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