Gerenciamento de resíduos na veterinária é uma questão de biossegurança

A legislação vigente define os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) como todos os produtos resultantes de atividades exercidas nos serviços relacionados com atendimento à saúde humana ou animal e que, por suas características, necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não o tratamento prévio à sua destinação final.

O restante é considerado material perigoso por ser infectante (como os resíduos contaminados com sangue e derivados, carcaças de animais portadores de doenças infectocontagiosas e suas forrações, culturas de agentes infecciosos, dentre outros); produtos químicos (soluções residuais contendo formol, fenol, ácido bórico, ácido acético e outros) e perfurocortantes (lâminas de bisturi e tricotomia, tubos de vidro, agulhas, placas de Petri e outros similares).

Conhecer os tipos de resíduos gerados em um estabelecimento veterinário permite maior eficiência no manejo, segurança e economia, pois possibilita a redução dos riscos e gastos no seu manuseio. Assim, os sistemas de tratamento mais seguros e dispendiosos se destinam à fração de resíduos que realmente necessitam, facilitando a tomada de decisões quanto aos resíduos que podem ser recuperados e aos que podem seguir o fluxo de tratamento e disposição final, sem tratamento prévio.

A informação é da médica veterinária Cláudia Bueno Alves, especialista em Saúde Pública, Doutora em Ciência Animal pela Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás (UFG), com tese sobre Programa de Biossegurança em Laboratórios de Análises Clínica e Diagnóstico Veterinário. O assunto foi abordado no último Seminário Avançado de Responsabilidade Técnica, com o tema “Gerenciamento de Resíduos”, dia 27 de maio, no auditório do CRMV-GO.

A médica veterinária lembra que, conforme o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2008, mais da metade (50,8%) dos municípios no Brasil destinam os resíduos sólidos inadequadamente em lixões (vazadouros a céu aberto), 22,5% em aterros controlados (considerados lixões maquiados) e apenas 27,7% dos municípios utilizam a forma correta de disposição final desses produtos (aterros sanitários).

Fonte: Portal Nossa Matilha.

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