Subiu para 46 o número de cães infectados por leishmaniose em Valinhos (SP), sete deles morreram. A informação foi confirmada ao G1 na tarde desta quarta-feira (12) pela Prefeitura da cidade. Ao todo, 298 cachorros aguardam o resultado dos exames de sangue, encaminhados para o Instituto Adolfo Lutz.
Duas das sete mortes foram por eutanásia, de acordo com a administração municipal. As equipes de saúde coletaram desde o início dos casos 403 amostras de sangue de cães, dos quais 129 deram resultados negativos para a doença.
Os bairros afetados são Jardim Paraná, Parque Suíça e Clube de Campo, que pertencem à região rural da cidade localizada próxima à Rodovia Dom Pedro I.
A doença, do tipo visceral canina, causa queda de pelos, lesão nos olhos, crescimento e deformação das unhas, entre outros sintomas. A leishmaniose canina não é contagiosa. O único transmissor é o mosquito-palha. A espécie também ataca humanos e a doença pode levar à morte em 90% dos casos, quando não há tratamento. Não há casos em humanos, segundo a Prefeitura.
Armadilha para caçar mosquito-palha
A equipe da Superintendência de Controle de Endemias do Estado (Sucen) iniciou na última segunda (10) a instalação de armadilhas para capturar o mosquito-palha, transmissor da leishmaniose. Segundo a Prefeitura, ao todo, 84 equipamentos serão instalados em 42 casas.
As residências-alvo ficam em um raio de 250 metros do local onde um dos cachorros foi contaminado.
A armadilha tem uma lâmpada e um ventilador, que “puxa” o mosquito para dentro de um saco. De acordo com a administração, o morador liga a lâmpada às 18h, já que o mosquito tem hábitos noturnos, e só a desliga na manhã do dia seguinte.
Os técnicos da Sucen voltam nas casas, em seguida, e recolhem os sacos para analisar os mosquitos capturados e constatar a presença do protozoário.
Sintomas e tratamento
Entre os principais sintomas provocados pela doença em cães, a leishmaniose causa a perda de peso, queda de pelos, lesão nos olhos, crescimento e deformação das unhas, além de paralisia das pernas e desnutrição.
Em humanos, os sintomas são febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso e fraqueza.
Como se prevenir
Os moradores devem manter as áreas ao redor das casas e pé das árvores limpos e com espaço para passagem de luz solar no solo. O mosquito se reproduz em matéria orgânica em decomposição, como montes de folhas, restos de grama e de poda de árvores.
Os moradores podem colocar telas nas portas, janelas e abrigo dos cães para impedir entrada do mosquito, que tem hábito noturno. Além disso, os moradores devem usar repelentes, camisa de manga comprida e calça durante trabalhos ao redor dos imóveis, e colocar nos cães coleira que funcione como repelente para o mosquito-palha.
Fonte: Portal EPTV.