Na última quinta-feira (12/08), o presidente do CRMV-SP, Odemilson Donizete Mossero, e o secretário-geral da autarquia, Fernando Gomes Buchala, juntamente com a tesoureira Rosemary Viola Bosch, se reuniram com o coordenador de Defesa Agropecuária do estado de São Paulo, Luís Fernando Bianco, para estabelecer diálogos e tratar de questões relacionadas ao agronegócio e a atuação do médico-veterinário e do zootecnista na pecuária paulista.
Bianco assumiu a CDA no final de junho. Dentre as pautas da reunião esteve o cronograma de atividades sugeridas pelo Governo do Estado para retirada da vacinação da febre aftosa até 2023. “Deve-se fortalecer os serviços de defesa e vigilância sanitária, com ampliação do quadro de profissionais e infraestrutura, além da reorganização dos postos de fiscalização e áreas fronteiriças”, disse Mossero.
Também se discutiu sobre a formulação de uma lei estadual de inspeção higiênica de produtos de origem animal e um projeto de lei que altera a legislação dos produtos artesanais. “São tratativas que devem ser discutidas entre as duas instituições, pois dizem respeito à atuação do médico-veterinário”, afirma Buchala.
Os temas serão encaminhados para análise e pareceres técnicos das comissões do CRMV-SP. “É importante flexibilizar as legislações do ponto de vista burocrático, mas sem perder a segurança técnica e o controle”, enfatiza o secretário-geral, que também atua como médico-veterinário do Escritório de Defesa Agropecuária de São José do Rio Preto.
Corredor sanitário
Buchala representou o CRMV-SP, no mesmo dia, durante evento de lançamento do AgroSP+Seguro, programa do Governo do Estado que prevê a liberação de R$ 215 milhões para linhas de crédito e seguro rural. Também foi anunciada a reativação do corredor sanitário nas fronteiras interestaduais, medida que visa levar São Paulo ao status de região livre da febre aftosa, sem vacinação.
“Com a medida, há a expectativa de maior reconhecimento internacional do trabalho desenvolvido em relação à erradicação da febre aftosa no Brasil. Isso se traduz na ampliação de mercados e na redução de custos para o sistema produtivo”, afirma o presidente do Conselho.