Abate precário de animais nos matadouros clandestinos impõe riscos à saúde humana

Além da falta de higiene durante todas as fases do processo, o abate precário de animais nos matadouros clandestinos impõe riscos à saúde humana. De acordo com os especialistas, entre os problemas resultantes da prática ilegal, o principal é o risco de contaminação à saúde pública.

Nos abates clandestinos o animal é morto a marretadas ou a tiros. O sangue escorre pela terra e depois cai em rios ou córregos, locais onde geralmente são realizados os abates, para facilitar a captação de água.

Sangue e restos de animais acabam despejados nas águas, envolvendo ainda a questão ambiental. Pedaços de carne caem sobre a terra, onde moscas pousam sobre fezes de outros animais.

Mas as consequências do abate clandestino não se resumem a isso. As diferenças entre a forma irregular e a forma correta de se abater um animal podem não ser percebidas no bife que se compra no açougue. Na maioria das vezes, elas só manifestam os efeitos indesejados após o churrasco.

Nos abates clandestinos, não há um profissional habilitado para saber se o animal a ser abatido é saudável. A inspeção do veterinário é fundamental para detectar se o animal abatido sofria de alguma doença ou tinha algum processo de infecção. As mais comuns e que podem ser transmitidas ao homem são cisticercose, tuberculose, toxoplasmose e brucelose. A falta de higiene nos locais do abate e na manipulação da carne também contribui para a contaminação humana.

O risco de transmissão de zoonoses é bastante sério e tem obrigado as autoridades a se preocuparem com as condições dos matadouros municipais para coibir o abate clandestino. A prática pode afetar também o meio-ambiente, na medida em que gera poluição ambiental com o depósito irregular da mercadoria e com o despejo de dejetos em mananciais.

Fonte: Portal do Agronegócio (acessado em 06/04/10)

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