Alltech irá produzir algas para ração animal no país

Após os esforços em vão da indústria para a utilização de algas como biocombustíveis, os organismos vivos agora serão produzidos no País, pela primeira vez, para serem usados como aditivo na ração para animais. A empresa americana Alltech, que já fornece leveduras e outros aditivos a grandes frigoríficos como JBS e BRF, está investindo US$ 60 milhões na ampliação de sua unidade de São Pedro do Ivaí, no Paraná, para fermentar algas e extrair um ácido graxo chamado DHA (ácido docosa-hexaenoico).

O DHA é uma espécie de gordura boa, tal como o Ômega 3, e será fornecido pela empresa em duas frentes. A primeira como aditivo para a ração de peixes e animais de estimação, em um mercado que já conhece os benefícios da substância como anti-inflamatório e para o coração. A segunda frente, mais complexa, porém com maior potencial de faturamento, é o uso do DHA como alimento funcional para humanos. “A intenção é que aumente o uso do DHA pela indústria de carne, leite e ovos, que fornecerão produtos enriquecidos, sobretudo, para crianças e pessoas na terceira idade”, afirma o vice-presidente da Alltech para América Latina, Guilherme Minozzo.

O mistério é a espécie de alga a ser produzida. Segundo o vice-presidente da empresa, serão utilizadas milhares de espécies com benefícios diversos. Minozzo afirma que a Alltech descobriu uma espécie em que o processo de autólise (autodestruição das células) permite a extração da substância.

A aposta da Alltech no mercado de algas é grande. Segundo Minozzo, a reestruturação da fábrica de São Pedro do Ivaí e a incorporação do DHA no portfólio de produtos fará o faturamento da empresa quase dobrar em dois anos. A previsão é de que chegue a US$ 316 milhões em 2016 – desse total, cerca de US$ 70 milhões devem ser provenientes do negócio do DHA. Neste ano, a expectativa é que a receita da empresa some US$ 160 milhões na comparação com US$ 138 milhões no ano passado.

Desde 1993 no Brasil, a Alltech tem outra fábrica no Paraná, em Araucária, para nutrientes líquidos e complexos minerais. Recentemente, adquiriu uma unidade para fazer misturas de aditivos, sobretudo nitrogênio não protéico destinado a ruminantes, em Indaiatuba, em São Paulo. O investimento nessa unidade foi de US$ 1 milhão. Em São Pedro do Ivaí, a Alltech diz ter a maior unidade produtora de leveduras vivas e minerais orgânicos do mundo.

Fonte: Avicultura Industrial.

Relacionadas

Evento_RevistaMV&Z (58)
Foto em preto e branco da zootecnista Mônica Junqueira. Na foto ela aparece sorrindo, veste um camisa, usa um colar com ponto de luz e cabelos louros e na altura dos ombros.
imagem de um cachorro comendo
imagem de um homem e duas mulheres posados para foto

Mais Lidas

Diagnóstico por imagem é uma das especialidades reconhecidas pelo CFMV
Crédito: Acervo CRMV-SP
Notebook com a tela inicial da Solução Integrada de Gestão do CRMV-SP (SIG CRMV-SP)
Responsável técnico é a figura central que responde ética, legal e tecnicamente pelos atos profissionais da empresa
Crédito: Freepik
Em São Paulo, a primeira instituição destinada ao ensino da Veterinária teve origem no Instituto de Veterinária, nas dependências do Instituto Butantan, no ano de 1919 Crédito da foto: Acervo Histórico/FMVZ-USP

Contato

(11) 5908 4799

Sede CRMV-SP 

Endereço: Rua Apeninos, 1.088 – Paraíso – CEP: 04104-021
Cidade: São Paulo

Newsletter

Todos os direitos reservados ao Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo – CNPJ: 50.052.885/0011-12

DPO do CRMV-SP: Zanandrea Freitas – zanandrea.dpo@crmvsp.gov.br