Muitos donos de cães e gatos podem ser surpreendidos ao saber que seu amiguinho tem crises convulsivas. A diretora do Hospital Veterinário Sena Madureira, Fernanda Fragata, explica que o problema acontece por uma alteração nos impulsos nervosos cerebrais e que existem muitas causas que podem levar a essa alteração, como infecções bacterianas ou virais, alterações no fígado ou rins, hipoglicemia, degeneração cerebral, neoplasias, inflamação cerebral ou das meninges, traumas e intoxicação, dentre outros.
Um animal em crise convulsiva deve ser levado imediatamente ao hospital veterinário. Não é apropriado tentar tratá-lo em casa, pois essa é uma situação de emergência em que os minutos valem ouro. De acordo com a veterinária, a convulsão deve ser contida com a ajuda de medicamentos. Após a estabilização do quadro, inicia-se uma detalhada avaliação clínica e neurológica, além de exames complementares para encontrar a causa das crises.
É indicado internar o animal por pelo menos 48h para estabilizar as convulsões e observar a ocorrência de novas crises convulsivas. Para evitar sustos, é importante realizar anualmente uma avaliação clínica e um check up dos animais jovens. Animais idosos devem repetir o procedimento semestralmente.
Uma vez diagnosticada alguma doença que possa causar as convulsões, a sintonia entre proprietário e veterinário é fundamental para o sucesso no controle da doença. Mesmo que os exames clínicos e complementares apresentem resultados normais, alguns animais podem desenvolver a epilepsia idiopática, degeneração cerebral, ou já nascem com alguma má formação. Nesses casos, não há como evitar que as crises aconteçam. Mesmo assim, o acompanhamento veterinário é necessário, pois permite obter um diagnóstico mais rápido, proporcionando menos danos para a qualidade de vida do cãozinho.
Fonte: Pet Mag (acessado em 02/12/10)