Muitas pessoas têm conhecimento da paixão dos egípcios por gatos. Bom, pelo menos no Antigo Egito. Tanto que é comum encontrar vasos, esculturas e outros objetos que justificam esta preferência. E um novo achado arqueológico reforça ainda mais esta paixão. Na última terça-feira, 19 de janeiro, o Conselho Supremo de Antiguidades anunciou a descoberta de um templo de 2,2 mil anos, que deve ter sido dedicado a Bastet, o deus gato. A novidade foi encontrada por arqueólogos egípcios em Alexandria, cidade portuária fundada por Alexandre, O Grande, por volta de 331 a.C, no Egito. O local foi o berço da dinastia grega Ptolomaica, que comandou o Egito por três séculos, até o suicídio de Cleópatra.
Em princípio, os integrantes do Conselho acreditavam que o templo pertencesse à rainha Berenice II, esposa de Ptolomeu III, que governou o Egito entre 246 a.C. a 222 a.C.
De acordo com o arqueologista egípcio que liderou a equipe de escavação, Mohammed Abdel-Maqsood, o grande número de estátuas representando Bastet encontradas nas ruínas, sugerem que este pode ser o primeiro templo da era de Ptolomeu dedicado para o deus gato a ser descoberto em Alexandria. Se realmente a construção foi dedicada a Bastet, isso indicaria que o culto do Egito Antigo realizado ao deus gato, perpetuou-se influenciando os gregos na era Ptolomaica.
O engraçado é que os traços de Bastet, o deus gato, não lembram em nada o Abissínio, pois muitos estudiosos acreditam que a raça descende dos felinos adorados do Antigo Egito, já que ele apresenta muitas características dos gatos sagrados representados nos túmulos egípcios. A imagem descoberta traz um gatinho com formas arredondadas, principalmente os olhos, a orelhinhas e até boquinha. Bem diferente do Abissínio que é esbelto e tem traços mais exóticos. Ele lembra mais um Europeu ou o Mau Egípcio.
Fonte: PetMag (acessado em 22/01/10)
