Carne suína: exportação cresce 9,87% em volume de janeiro a maio

As exportações de carne
suína brasileira atingiram 51,76 mil toneladas em maio, com receita de US$
102,58 milhões, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria
Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS). Frente aos embarques de 59,
098 mil toneladas e a receita de US$ 167, 009 milhões de maio de 2008, a queda verificada
foi de, respectivamente, 12,42% e 38,58%.
Apesar disso, para o presidente da ABIPECS, Pedro de Camargo Neto, o
resultado do mês passado permite projetar um resultado superior ao do ano
passado. "O desempenho das exportações em maio deve ser considerado bom.
A comparação mês a mês, muito pontual, nem sempre é a melhor indicação de
desempenho. Porém, somando-se as vendas externas nos cinco primeiros meses
deste ano, já se verifica uma ampliação de 9,87 % em relação ao mesmo intervalo
de 2008", acrescenta.
No acumulado de janeiro a maio, o Brasil embarcou 240, 557 mil toneladas ante
as 218, 943 mil toneladas registrada nos cinco primeiros meses de 2008. A receita
verificada no período foi de US$ 479, 842 milhões, com recuo de 14,37% frente
aos US$ 560, 368 milhões obtido entre janeiro e maio do ano passado.
Camargo Neto afirma que a preocupação do setor exportador está centrada na
questão cambial. "A cotação da moeda norte-americana, abaixo de R$ 2,
significa prejuízo certo, e infelizmente as autoridades monetárias parecem
não demonstrar preocupação com relação a isso", afirma o presidente da
ABIPECS. Acrescenta que, continuamente, são publicadas declarações de
autoridades complacentes com a valorização do real, utilizando o argumento
simplista que o câmbio seria livre, nada tendo o que ser feito.
"Destacamos que o Banco Central possui instrumento poderoso de política
macroeconômica por meio da fixação do juro básico da economia, que afeta
diretamente a relação cambial da moeda brasileira", pondera
Camargo Neto.
O dirigente entende que o fortalecimento da economia brasileira, felizmente,
permitiu que o Brasil fosse menos afetado pela grave crise financeira global.
"São as boas condições do País, resultado de boa política no passado,
que hoje obrigam o Brasil a aproximar sua política monetária à dos países
desenvolvidos, que praticam juro zero ou perto disso. Existe disparidade
entre o juro praticado pelo Brasil e o de outros países. Isso torna atrativa
a vinda de recursos do exterior para serem aplicados aqui. Com isso, o real
se fortalece e as exportações agrícolas, particularmente as de carne suína,
acabam sendo prejudicadas", avalia.
Segundo Camargo Neto, a atual relação cambial vem provocando prejuízo ao
País. "Embora os volumes que serão exportados em 2009 permaneçam, a
baixa lucratividade do setor deve provocar reflexos na produção e exportação
futuras", comenta.
O preço médio da carne suína brasileira no mercado internacional, em maio,
sofreu uma queda de quase 30% em relação a maio de 2008 era, naquela ocasião,
de US$ 2,82 mil por tonelada, em relação a US$ 1, 98 mil no mês passado.
No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, os principais compradores da
carne suína brasileira foram Rússia, Hong Kong,
Angola, Argentina, Cingapura, Ucrânia, Albânia e Uruguai.

Fonte: Safras & Mercado, acesso em
09/06/2009

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