CFMV orienta atendimento veterinário durante a pandemia do novo coronavírus

Recomendações incluem também reforço na higienização de utensílios, consultórios e recepção de clínicas e hospitais
Comunicação CRMV-SP (Com informações da Comunicação CFMV)

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o momento, não há evidência significativa de que animais de estimação possam ficar doentes ou transmitir o novo coronavírus (Covid-19). Entretanto, a recomendação é de que as pessoas infectadas evitem o contato com seus cães e gatos.

O médico-veterinário e tesoureiro do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Wanderson Ferreira, pós-graduado em Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais, explica que, por enquanto, não há comprovação científica de que os animais transmitam para o homem e, até hoje, o entendimento é de que os animais não são suscetíveis ao novo coronavírus (Covid-19).

“Existe um tipo de coronavírus que atinge o trato gastrointestinal de cães, podendo desencadear um processo de diarreia e vômito. Mas o homem é resistente a ele e não tem nada a ver com o Covid-19, que ataca as vias respiratórias”, esclarece Ferreira.

Mesmo diante desse cenário, por cautela, o CFMV ratifica o posicionamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) e recomenda que os tutores infectados também façam quarentena de convivência com os seus pets.

Atendimento

Os médicos-veterinários, como profissionais de saúde, por enquanto e até segunda ordem, estão autorizados pelos governos estaduais a manter o atendimento normal em clínicas e hospitais veterinários. Isso pode variar de uma região para outra do País e os profissionais devem sempre observar e respeitar as restrições determinadas pelas autoridades locais.

Para manter o atendimento e, ao mesmo tempo, contribuir para conter a proliferação do coronavírus, o CFMV estimula que o atendimento seja feito com a presença de apenas um único tutor, evitando a aglomeração de pessoas nas clínicas e pet shops. Além disso, recomenda-se que os tutores evitem visitar os animais internados.

Reprogramar serviços

Também sugere que serviços que não são de urgência e emergência sejam reprogramados, afastando uma exposição desnecessária nesse momento crítico de propagação do novo coronavírus.

O atendimento a distância continua proibido, conforme determina o Código de Ética do Médico-Veterinário. “A consulta clínica deve ser presencial, seja no consultório ou em domicílio, mas, sempre que possível, de forma restrita, individualizada, reduzindo aglomerações”, alerta Ferreira.

Os profissionais devem ser mais severos com a higienização dos ambientes, limpando o recinto a cada atendimento
Mobiliário e utensílios que tiveram contato direto com animal e tutor, durante o atendimento, devem ser constantemente limpos

Higienização

Os responsáveis técnicos dos estabelecimentos veterinários devem reforçar a rotina de higienização que já é exigida e preconizada pela legislação, usar água sanitária ou amônia quaternária, desinfetantes clássicos utilizados na limpeza rotineira das unidades de saúde. A Vigilância Sanitária indica o álcool 70%, substância com alto poder de desinfecção, no atendimento clínico dos animais.

Para higiene pessoal do profissional, a recomendação também é de manter o procedimento padrão de lavar as mãos e os antebraços com água corrente e sabão, antes e após os atendimentos. A OMS recomenda o uso de máscaras somente para pessoas com sintomas e, sempre que possível, disponibilizar álcool em gel. Nas cirurgias, manter o processo padrão de assepsia.

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