O Conselho Federal de Medicina Veterinária está realizando nesta semana em São Paulo o II Seminário Brasileiro de Residência em Medicina Veterinária. O evento tem como objetivo discutir o oferecimento de residências em medicina veterinária nas instituições de ensino superior do País.
Na abertura do evento, estiveram presentes o presidente do CRMV-SP, Dr. Francisco Cavalcanti de Almeida e o presidente da Comissão de Ensino e Pesquisa da Medicina Veterinária do CRMV-SP, Dr.Eduardo Harry Birgel.
Segundo o presidente do CFMV, Dr. Benedito Fortes de Arruda, embora a residência em medicina veterinária exista há mais de 30 anos, o assunto ainda não foi regulamentado pelo governo. “O CFMV tomou para si o controle da situação e estabeleceu algumas normas, além da consolidação das escolas que já oferecem o curso.
“Hoje, menos de 4% dos egressos fazem residência. Esse complemento é fundamental para dar ao mercado um profissional com mais habilidade, competência, visão crítica e visão reflexiva. O Conselho serve como uma espécie de orientador do processo de residência”, explica.
O evento reúne instituições que oferecem e não oferecem residências em medicina veterinária, para que haja uma troca de experiências.
Lançamento
Durante o evento, também foi lançada a publicação “Diretrizes Nacionais para Programas de Residência em Medicina Veterinária – Perfil Ideal Segundo a Comissão Nacional de Residência em Medicina Veterinária CNRMV/CFMV”. O documento se baseia na Resolução CFMV n.º 895 de 2008, que estabeleceu diretrizes nacionais reguladoras dos padrões de qualidade dos Programas de Residência em Medicina Veterinária (PRMVs).
A regulamentação e padronização dos PRMVs é uma preocupação antiga do CFMV. Por mais de 30 anos essa modalidade especial de ensino existiu sem padrões definidos. A primeira ação concreta de reconhecimento e cerificação foi feita pelo CFMV por um sistema de avaliação e acreditação voluntário para as instituições de ensino superior. Atualmente, existem 20 Programas de Residência em Medicina Veterinária reconhecidos pelo CFMV, os quais podem ser consultados na página eletrônica do Conselho.
O documento detalha os padrões de referência para criação e manutenção dos programas. São seis critérios fundamentais de avaliação: estrutura administrativa e organizacional; capacidade e qualidade de preceptoria dos docentes da instituição; projeto pedagógico; infraestrutura física das instalações para as atividades as quais os profissionais serão treinados; casuística dos serviços adequada para o treinamento; e organização e normas específicas de funcionamento.
Qualquer universidade pode fazer a solicitação de reconhecimento de seus PRMVs ao CFMV (o formulário está no Portal CFMV). Após a candidatura, dois membros da CNRMV avaliarão in loco as Universidades de acordo com as regras definidas pela Resolução n.º 895. Em seguida, o relatório é submetido à apreciação e aprovação da Plenária do CFMV. Os processos têm validade estipulada, que pode ser de até cinco anos.