CRMV-SP convida profissionais a assinarem abaixo-assinado a favor do ensino presencial na área da saúde

Iniciativa visa mobilizar profissionais, estudantes e sociedade em defesa de uma formação ética e segura
Texto: Comunicação CRMV-SP / Foto: Freepik

O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) convida médicos-veterinários e zootecnistas a assinarem o abaixo-assinado promovido pelo Fórum dos Conselhos de Atividades Fim da Saúde do Estado de São Paulo (Fcafs-SP), que reúne 15 profissões e 14 conselhos estaduais. A mobilização é contrária à autorização de cursos de graduação a distância ou semipresenciais nas áreas da Saúde.

O CRMV-SP destaca que a participação de cada profissional é fundamental na defesa de uma formação ética, segura e de qualidade, tanto para os estudantes quanto para os futuros pacientes, humanos e animais.

A campanha do Fórum alerta que a formação na área da Saúde exige prática supervisionada, contato direto com pacientes e interação constante com professores e colegas. Esses aspectos essenciais não podem ser substituídos por aulas exclusivamente virtuais.

“As competências se consolidam na prática, no contato com pacientes, na troca com os professores e na vivência clínica. Isso não pode ser substituído por aulas virtuais”, reforça a presidente do CRMV-SP, Daniela Pontes Chiebao.

O Regional alerta que a regulamentação dos cursos de algumas áreas como semipresenciais pelo Decreto nº 12.456/2025 e Portaria MEC nº 378/2025 não garante uma formação qualificada. As normativas autorizam que as aulas presenciais na graduação da Medicina Veterinária correspondam a apenas 40% da carga horária. “Chamamos isso de ‘semi-ausencial’. Essa mudança apenas trouxe uma falsa sensação de que haverá aumento da presencialidade”, afirma a vice-presidente do CRMV-SP, Carolina Saraiva Filippos de Toledo.

A iniciativa do Fcafs-SP busca mobilizar não apenas os conselhos profissionais e instituições de ensino, mas também a sociedade, responsáveis por animais e todos os que confiam no trabalho de profissionais bem formados e responsáveis.

“Prestigiamos quem faz a graduação presencial, pois esse aluno terá a qualidade necessária para atender com competência seus pacientes após a formação”, afirma Juliana Mendes, presidente do Fcafs-SP.

Sua assinatura tem poder

O CRMV-SP apoia o Projeto de Lei nº 5.414/2016, que proíbe o ensino a distância em cursos da área da saúde e aguarda parecer na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados. Em maio, representantes do Regional participaram de uma comitiva do Fcafs-SP, em Brasília, para reforçar o apoio à proposta.

Para acelerar a tramitação do PL, o Fórum promove um abaixo-assinado on-line, que busca mobilizar profissionais, estudantes e a sociedade em defesa de uma formação sólida, ética e segura para as próximas gerações de profissionais da saúde. A intenção é mostrar que os cerca de 1,6 milhão de profissionais, representados pelos Conselhos da área da Saúde de São Paulo, estão unidos por uma causa comum, a formação dos futuros profissionais. Falta apenas um detalhe importante: sua participação.

“Sua assinatura é um voto de confiança na qualidade da saúde que propomos para o futuro. É a garantia de que o profissional que cuidará de você, dos alimentos da sua família, ou da saúde e bem-estar dos seus animais de estimação amanhã, teve a melhor formação possível hoje”, afirma a vice-presidente do CRMV-SP, que esteve em Brasília e se reuniu também com deputados e com o Ministro da Saúde.

A presidente do Regional reforça, ainda, que cada dia sem mobilização é uma chance perdida de influenciar uma decisão com impactos duradouros. “Quando se trata de saúde, seja humana ou animal, não podemos aceitar menos do que o melhor. E isso começa com uma formação presencial e de qualidade”, conclui.

O que está em risco?
  • A qualidade do atendimento que você e sua família receberão no futuro;
  • A segurança dos procedimentos realizados por profissionais mal preparados;
  • A confiança na formação dos profissionais de saúde;
  • O bem-estar dos animais atendidos por médicos-veterinários sem experiência prática adequada;
  • A qualidade e a sanidade dos alimentos de origem animal que chegam à mesa da sua família.

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