Nos dias 6 e 7 de abril, a Diretoria do CRMV-SP participou da 44ª Reunião Ordinária da Comissão Sul-Americana para a Luta Contra a Febre Aftosa (Cosalfa). Durante o encontro, foi discutida a suspensão do sorotipo C de febre aftosa das vacinas na América do Sul. Representantes de 13 países (Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Venezuela e Uruguai) marcaram presença na cerimônia, que ocorreu na cidade de Pirenópolis, Goiás.
Segundo estudos da Cosalfa, o último foco de febre aftosa com o sorotipo C nas Américas data de 2004. “Por essa razão, bem como em função de estudo que o Brasil tem, tomamos a decisão de, no futuro, retirar o vírus C de toda vacina produzida no País”, disse o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques, eleito presidente da Cosalfa durante o evento.
Durante a ocasião, o Brasil apresentou propostas para a reformulação do Plano Estratégico do Programa de Abastecimento Nacional de Febre Aftosa (PNEFA), prevendo ações gradativas para a retirada da vacina de febre aftosa de forma a manter-se livre da doença sem vacinação. O presidente do CRMV-SP, Dr. Mário Eduardo Pulga, disse que a condição sanitária conquistada para febre aftosa é uma vitória da classe. “O médico-veterinário desempenha papel fundamental na sanidade dos rebanhos, promovendo a segurança dos produtos de origem animal nacionais”, disse.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal, praticamente todo o rebanho nas Américas já é reconhecido como livre de febre aftosa com ou sem vacinação, restando a Venezuela avançar nesse reconhecimento. O rebanho da América do Sul é da ordem de 350 milhões de cabeças de bovinos. Só o Brasil detém quase 220 milhões, faltando somente Roraima, Amapá e Amazonas com aproximadamente 2 milhões de animais para o reconhecimento. A Venezuela tem em torno de 15 milhões de animais.
