O cruzamento industrial será a nova ferramenta usada por produtores para aproveitar os benefícios obtidos com a heterose. A técnica permite aproveitar as melhores características das raças materna e paterna, e reuni-las em um indivíduo.
“Com a nova técnica, o produto gerado de um cruzamento tem um potencial maior em termos de ganho de peso do que a média dos pais”, diz o pesquisador do programa Produção Animal, do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), José Lázaro da Rocha.
Além do ganho de peso, há ainda um aumento da produção de leite, no caso das fêmeas. A precocidade sexual, fundamental para quem busca a maciez da carne, também tem sido observada. De acordo com Rocha, um dos maiores ganhos para o pecuarista é a capacidade de direcionar o animal a produzir as características que o mercado deseja.
“Há raças que podem ser usadas como reprodutoras, no caso dos machos. Se o pecuarista preferir, também pode fazer uma criação de raças onde se expressa a habilidade materna. Há ainda a opção de investir em bezerros, gerando uma raça com baixo peso na hora do nascimento”, diz o pesquisador.
O cruzamento industrial é destinado a diversos pecuaristas, mas, segundo Rocha, os mais beneficiados são os engordadores e os produtores de bezerros. Esses últimos podem investir nas fêmeas e desenvolver um bom potencial para produzir leite, permitindo que o bezerro adquira peso mais facilmente e esteja pronto para o abate mais cedo.
Mas para que a técnica atinja o resultado esperado, o animal precisa ter uma dieta balanceada. De acordo com Rocha, para que um animal expresse todo o seu potencial de ganho de peso, o pecuarista deve investir e monitorar toda a alimentação. Segundo ele, durante a pesquisa, o gado em confinamento atingiu um ganho de peso médio de 1,6 kg ao dia.
Fonte: Portal do Agronegócio (acessado em 16/02/11)