Dia do Agronegócio: os números indicam que o futuro do setor já chegou

Responsável por um quarto do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB), o Agribusiness segue em expansão aliando novas tecnologias às práticas sustentáveis
Texto: Comunicação CRMV-SP / Foto: Pexels

Em 25 de fevereiro, Dia do Agronegócio, o Brasil celebra o ritmo de crescimento do setor que continua acelerado mesmo com o impacto provocado pela pandemia de Covid-19. Estudos realizados por pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicam que a agropecuária brasileira será a principal engrenagem da economia em 2022 projetando crescimento de 5% até o final do ano.

Segundo estimativas do Sistema CNA (Confederação Nacional de Agricultura) a expectativa também é de resultado positivo com estimativa de números expressivos para a pecurária.  Nesse caso, a Confederação prevê que a produção de gado de corte terá um crescimento do faturamento anual em 22%, a avicultura de corte chegará a 47% e os suínos devem crescer perto de 20%.

Odemilson Donizete Mossero, presidente do CRMV-SP (Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo) tem uma trajetória de atuação no agronegócio, especialmente, na área de sanidade animal. Para ele, que chefiou o Serviço Quarentenário de Cananéia, subordinado à Superintendência Federal de Agricultura no Estado de São Paulo, “a cadeia produtiva do agronegócio brasileiro é referência global e pode atingir níveis ainda mais expressivos”.

Mossero, que também foi chefe do Serviço de Sanidade Animal na Superintendência Federal de Agricultura em São Paulo por 12 anos, lembra que, “o Brasil está entre os grandes protagonistas do setor e os médicos-veterinários e zootecnistas são essenciais para que o país esteja preparado porque a demanda que nos coloca em terceiro lugar entre os maiores produtores de alimentos do mundo vai alavancar a importância da classe diante da perspectiva de que possamos alcançar a liderança do ranking até 2025”.

‘Porteira para dentro’ X ‘Porteira para fora’

Para o presidente da Comissão Estadual do Agronegócio e secretário-geral do CRMV-SP, Fernando Gomes Buchala, é importante refletir sobre o impacto que a perspectiva de crescimento provoca na cadeia produtiva como, por exemplo, a urgência de formação de mão de obra capacitada para atender com excelência as necessidades de inovação, pesquisa e gestão estratégica.

Lembrando que a cadeia produtiva é formada por uma rede de atividades que, juntas, geram o sistema denominado Agribusiness, cujo impacto movimenta tanto a microeconomia, por meio das produções familiares, quanto às atividades em nível global de importação e exportação de proteína animal, commodities, equipamentos e tecnologia.

Diante da expressiva representatividade do setor, Buchala lembra que o País tem condições ideais para conquistar mais espaço no mercado agro. “É indiscutível a aptidão natural do Brasil para o agronegócio, afinal, temos grandes áreas agricultáveis, água em abundância e clima equilibrado que favorece o plantio e a criação dos animais de produção”.

Investimento e valorização

Buchala reforça a importância do avanço já conquistado no desenvolvimento tecnológico e na formação da mão de obra qualificada.  No entanto, diz ele, “existe uma demanda reprimida de mercado que exige investimento constante em inovação para que possamos elevar o nível do agronegócio brasileiro e mantê-lo competitivo”.

Segundo o secretário-geral do CRMV-SP é imprescindível valorizar, não apenas aspectos técnicos do agronegócio, mas a responsabilidade social e ambiental. “Temos competência e capacidade para alimentar a nossa população, produzir alimentos em volume excedente e suficiente para retirar a população mundial da zona de exclusão, assim como conquistar mercados de nichos específicos e com valores agregados.”

Profissionais do Agronegócio

Os principais desafios impostos à Medicina Veterinária e à Zootecnia incluem, segundo Buchala, “participação efetiva na garantia da produção de alimentos para suprir as necessidades da população, como prevê a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU)”.

Para o Presidente do CRMV-SP é preciso refletir sobre a “potencialização do mercado durante o período mais crítico da pandemia”. Para Mossero “a sociedade compreendeu que, além de produzir, temos que certificar a qualidade dos alimentos, promover a saúde, preservar o meio ambiente e respeitar o bem-estar animal. Sendo assim, o médico-veterinário e o zootecnista são profissionais que poderão exercer esse papel garantidor dos processos de produção. Devemos enxergar os desafios e aproveitar as oportunidades”, finalizou.

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