Doença misteriosa mata gado e assusta pecuaristas em Pernambuco

Amostras do pasto são analisadas
para identificar as causas das mortes.
Veterinários do estado estão fazendo a biópsia dos animais.

Uma doença ainda não identificada está matando o gado em fazendas de
Pernambuco. O problema surgiu ano passado, desapareceu no verão e agora está
de volta.
Valdomiro Florêncio é pecuarista em Garanhuns (PE) há 40 anos. No inverno do
ano passado ele perdeu 35 animais. O gado morreu e ninguém soube a razão. Um ano
depois, quando ele já havia se recuperado do susto, houve novas mortes. Mais
38 animais morreram também no inverno e de repente. A vaca não apresentava
sintomas e morreu em menos de 12 horas.
Às vezes, a gente vai para o campo e animal está
bem, em pé. Então,
ele fica com a barriga arriada. Em cerca de uma hora, fica travado com as
quatro patas e sai meio baleado”, disse seu Valdomiro.
Na fazenda vizinha de seu Valdomiro, onde não havia morrido nenhum animal, as
perdas começaram exatamente na mesma época. “Foram feitas todas as vacinas
nesse gado, acompanhado por veterinário. Quando é agora ninguém sabe o que
está acontecendo”, falou o criador Fábio Ferreira.
A vaca, que na noite anterior não apresentava nenhum sintoma da doença,
amanhece sem conseguir se levantar. No ano passado, quando os primeiros
animais morreram, exames realizados pela Agência de Defesa e Fiscalização
Agropecuária (Adagro), descartaram as hipóteses de
contaminação por vírus ou bactérias.
O laudo da Universidade Federal Rural de Pernambuco apontou como possível
causa das mortes uma intoxicação por plantas, mas as amostras colhidas no
pasto, segundo a Adagro, deram resultado negativo.
Como as mortes voltaram a acontecer sem causa esclarecida, os técnicos
visitam algumas das 15 propriedades onde morreram animais para conversar
pecuaristas, colher novas amostras de plantas e fazer necropsia de bois.
 “Pode ser uma bactéria que produz uma toxina que pode matar. Mata com
morte aguda, num curto período de tempo”, disse Fernando Leandro, professor
de patologia veterinária da UFPE.
Antes, a solução encontrada pelos pecuaristas era mudar o rebanho de pasto.
Mas a Adagro orienta que isso não seja feito,
embora não haja indícios suficientes para dizer que a doença é contagiosa.
 “O procedimento utilizado é deixar o animal enfermo na propriedade onde
serão coletadas amostras. E se houver o óbito, ele deverá ser enterrado na
própria propriedade”, explicou Késia Alcântara,
assessora técnica da Adagro.
Amostras dos animais mortos serão enviadas para laboratórios de São Paulo e
Recife para análise.

Fonte: G1, acesso em 29/07/2009

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