Dólar fraco faz Brasil voltar a ser importador

Levantamento do Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento mostra que, até novembro, as importações do setor de pecuária de leite superavam as exportações em quase US$ 95 milhões. Foram US$ 250 milhões contra US$ 155 milhões exportados.

A queda do dólar derrubou as exportações, ao mesmo tempo em que incentivou as importações. Entre janeiro e novembro de 2009, as vendas externas de produtos lácteos do Brasil caíram 51% em volume e 68% em receita ante 2008. Já as importações, no mesmo período, cresceram 81% em volume e 30% em valor. Uma realidade bastante diferente de um ano atrás. Em novembro de 2008, a balança comercial do setor acumulava saldo positivo de US$ 291 milhões. Com dólar forte e demanda firme, o setor fechou aquele ano com resultado recorde: US$ 541,6 milhões em exportações e superávit de US$ 328,4 milhões. Em 2009, explica Alvim, a crise financeira reduziu o poder de compra do consumidor, principalmente nos países em desenvolvimento, que é onde o consumo mais cresce, e isso prejudicou o comércio internacional.

“Agora a poeira da crise está baixando e os preços já começaram a subir lá fora. No norte da Europa, a tonelada do leite em pó está cotada em média a US$ 3,5 mil. Teve negócios a até US$ 4,2 mil”, relata o dirigente. No primeiro semestre do ano passado, auge da crise, os importadores da região pagavam, em média, US$ 1,8 mil pela tonelada do produto.

A elevação dos preços internacionais não foi repassada ao mercado interno, que ainda trabalha com cotações deprimidas, próximas de R$ 0,60 o litro no Paraná. “Uma margem pequena, mas positiva”, diz Fábio Mezzadri, veterinário responsável pelo setor de leite na Seab – Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento. A boa notícia é que a valorização dos produtos lácteos no mercado internacional favorece as exportações, pois devolve competitividade alo Brasil, observa Aline Barrozo Ferro, pesquisadora do Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq-USP. “Deve incentivar as vendas”, diz ela.

Para a CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o aumento das cotações internacionais vai fazer com que as exportações brasileiras superem as importações em dezembro (os dados oficiais ainda não foram divulgados). Não será suficiente para reverter o déficit da balança comercial em 2009, mas indica que 2010 deve ser um ano recuperação. “Vamos depender do câmbio. Se 2010 for como 2009 o setor não aguenta”, adverte Alvim.

Fonte: Portal do Agronegócio (acessado em 06/01/10)

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