É preciso respeitar o tempo de recuperação e gerar o menor grau de estresse para o animal

Paciência e participação ativa dos tutores são fundamentais para o sucesso do tratamento com fisioterapia
Texto: Comunicação CRMV-SP
Foto: Adobe Stock

De modo geral, os animais costumam aceitar bem o tratamento proposto pela Fisioterapia Veterinária. “Cães que gostam de água, por exemplo, adoram as terapias que envolvem natação ou esteira aquática” relata a médica-veterinária Maira Rezende Formenton, integrante da Comissão Técnica de Fisioterapia Veterinária do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP)

Além disso, diversos aparelhos, como a eletroterapia e a magnetoterapia, têm como função a liberação de endorfinas e opióides endógenos, que geram uma sensação de relaxamento e bem-estar durante a sessão.

A médica-veterinária, que há mais de 10 anos atua nesta área ressalta que um dos maiores desafios dos profissionais é tratar animais de natureza mais agressiva, exigindo criatividade do terapeuta para achar a técnica que seja mais eficaz e menos estressante para o animal.

Caso de superação

Algumas doenças podem deixar os animais com sequelas e, em alguns casos, a Fisioterapia Veterinária é recomendada para tentar reverter o quadro. “Recentemente, atendi uma cachorrinha, chamada Esmeralda, que chegou à clínica com tetraparesia por sequela de cinomose. Ela não levantava nem o pescoço”, comenta Maira.

Poucas semanas após o início do tratamento, Esmeralda começou a mexer o pescoço, logo depois os membros anteriores e, em seguida, os posteriores. Após cerca de três meses de reabilitação, ela começou a andar. “Foi um caso emocionante para todos os envolvidos e nos recompensa por toda dedicação à profissão”.

Tutores são fundamentais para sucesso do tratamento

A participação ativa dos tutores durante todo o tratamento é fundamental. “Além de levarem o animal para as sessões, os tutores são responsáveis pelos exercícios que são prescritos, por adaptar a rotina do animal e fazer as alterações necessárias no seu manejo”, enfatiza a médica-veterinária.

Os cuidados com pequenos animais podem ser decisivos para o sucesso do tratamento e incluem, por exemplo, não deixar que ele circule em piso liso ou que pule de camas e sofás. Quanto aos equídeos, há diversos exercícios que devem ser conduzidos pelos proprietários ou tratadores, como parte do processo de reabilitação. E respeitar o tempo de recuperação do cavalo, de forma a permitir a plena cura da lesão antes que o animal volte a praticar o esporte

Paciência e dedicação

De acordo com Maira, alguns tutores desejam resultados rápidos, o que muitas vezes não é possível, principalmente, no caso de doenças crônicas, como a artrose. “Um dos papéis do médico-veterinário é explicar e ensinar o tutor que a reabilitação é um processo a ser desenvolvido e que não haverá resultados em um dia ou dois.”

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