Equipes de controle da raiva dos herbívoros inspecionam abrigos nas regiões de Bragança, Piracicaba, Presidente Prudente e Pindamonhangaba

Equipes de controle da raiva dos herbívoros da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, mantidas por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, iniciam a semana de 1º a 5 de fevereiro, com a inspeção dos abrigos de morcegos Desmodus Rotundus, espécie que se alimenta de sangue, na região dos Escritórios de Defesa Agropecuária (EDAs) de Bragança Paulista, Piracicaba e Presidente Prudente. De 15 a 19 de fevereiro as equipes estarão na região do EDA de Pindamonhangaba.

Serão mobilizados 25 técnicos agrícolas da Coordenadoria de Defesa Agropecuária para o desenvolvimento dos trabalhos de inspecionar os abrigos já cadastrados e, com a ajuda dos produtores locais, localizarem possíveis novos abrigos.

“Na região do EDA de Bragança Paulista estão cadastrados 273 abrigos. Em 2015 as equipes realizaram atendimento a 92 propriedades com registro de ataques de animais com mordedura. Em função disso, outras 398 propriedades foram inspecionadas como medida de prevenção a controle de perifocos (região delimitada em um raio de 10 a 12 quilômetros da ocorrência). Na região do EDA Piracicaba estão cadastrados 390 abrigos. As equipes realizaram atendimento a 81 propriedades com registros de mordeduras e outras 544 como prevenção aos perifocos” informa o médico veterinário da Secretaria, Paulo Antonio Fadil que junto à Defesa Agropecuária responde pelo Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros.

Devido à ocorrência de um bovino positivo no município de Narandiba, na região do EDA de Presidente Prudente, uma equipe realizará o atendimento no perifoco, buscando identificar algum possível abrigo. Essa equipe vistoriará também os 38 abrigos cadastrados na regional. O médico veterinário explicou que o foco de Narandiba tem uma característica singular, devido a ocorrência ter sido as margens do rio Paranapanema, podendo o abrigo estar localizado no estado vizinho (Paraná), nesse caso, a equipe realiza o que se denomina captura noturna na fonte de alimentação, uma vez que não se localiza o abrigo. “O estado do Paraná já foi comunicado da ocorrência pela Defesa Agropecuária por meio do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Tal procedimento entre estados vizinhos é de suma importância para o controle da doença, uma vez que se sabe que o morcego hematófago realiza vôos a longas distâncias”, disse Fadil.

As equipes devem permanecer 15 a 19 de fevereiro na região do EDA de Pindamonhangaba, que tem cadastrados 207 abrigos. Em 2015, o registro de mordeduras de morcegos hematófagos em animais ocorreu em 44 propriedades. Em função disso, outras 25 propriedades no perifoco foram inspecionadas. No mês de janeiro de 2016 foram diagnosticados cinco casos positivos de raiva na região. Os técnicos da Defesa Agropecuária, além dos trabalhos de controle do vetor, irão reforçar a necessidade da vacinação de todos os herbívoros, visto que esta região é considerada endêmica para raiva.

O controle populacional do Desmodus rotundus, realizado pelo serviço oficial de defesa, é um método que dever ser utilizado apenas por pessoal habilitado e imunizado, devido a necessidade de conhecimento para a identificação dos morcegos capturados e o alto risco de contrair a doença por quem os manipulem.

Durante as inspeções, encontrando colônias de morcegos hematófagos, é feito o controle da população e a orientação dos produtores rurais sobre o controle da doença, o uso da pasta vampiricida nos locais das mordeduras por morcegos, a vacinação em regiões de risco e a não manipulação dos morcegos.

CONTROLE – Os morcegos hematófagos são transmissores da raiva, uma zoonose grave e letal para os animais e seres humanos, por isso seu controle populacional é de extrema importância. No meio rural, os animais comumente afetados são os bovinos e equídeos, mas todos os mamíferos são suscetíveis. Quando doentes, os animais apresentam sinais neurológicos, sendo que os mais comuns são a paralisia dos membros, a agressividade e a salivação.

A vacinação contra a raiva não é obrigatória no estado de São Paulo. É recomendada nas regiões onde existe ocorrência endêmica da doença e onde o relevo favorece a existência dos abrigos para os morcegos hematófagos. Eles geralmente se abrigam em tocas, grutas, bueiros, túneis, minas, casas abandonadas e ocos de árvores. O produtor, tendo conhecimento desses abrigos, deve entrar em contato com uma unidade oficial de defesa agropecuária para informar.

Outras informações nos Escritórios de Defesa Agropecuária (EDAs) de:,/p>

– Bragança Paulista – (11) 4033.7386

– Piracicaba – (19) 3433.5309

– Presidente Prudente – (18) 3916.2198

– Pindamonhangaba – (12) 3633.3455

Relacionadas

Primeira_reuniao_Plenaria_nova_gestao_CRMV-SP_CFMV_15.05 (1)_ed
Cerimonia_posse_oficial_14.08 (25)_ed
09.05.2024_FEBRE_OROPOUCHE_Adobe_Stock_MATÉRIA
12.08.2024_FeiraPetVet_Freepik

Mais Lidas

Diagnóstico por imagem é uma das especialidades reconhecidas pelo CFMV
Crédito: Acervo CRMV-SP
Notebook com a tela inicial da Solução Integrada de Gestão do CRMV-SP (SIG CRMV-SP)
Responsável técnico é a figura central que responde ética, legal e tecnicamente pelos atos profissionais da empresa
Crédito: Freepik
Em São Paulo, a primeira instituição destinada ao ensino da Veterinária teve origem no Instituto de Veterinária, nas dependências do Instituto Butantan, no ano de 1919 Crédito da foto: Acervo Histórico/FMVZ-USP

Contato

(11) 5908 4799

Sede CRMV-SP 

Endereço: Rua Apeninos, 1.088 – Paraíso – CEP: 04104-021
Cidade: São Paulo

Newsletter

Todos os direitos reservados ao Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo – CNPJ: 50.052.885/0001-40