Está faltando coelho para abastecer o mercado. Um abatedouro de Salto de Pirapora, em São Paulo, aumentou o preço pago pela carne em busca de fornecedores. Por falta de matéria prima, o local vem funcionando apenas uma vez por semana. Recebe todos os meses cerca de cinco mil animais, mas tem mercado para muito mais coelhos.
O dono do abatedouro, Mareck Jan Kac, afirma que, só para atender ao mercado interno, precisaria de 20 mil cabeças por mês. Ele está aumentando o preço pago ao criador gradativamente, mesmo assim, falta coelho. “Hoje, estamos pagando R$ 4,60 o quilo do coelho vivo. De um ano para cá aumentou 15% contra uma inflação de 6% a 7% ao ano”, calcula.
Único abatedouro no Brasil credenciado para exportar carne de coelho, o local trabalha com inspeção do Ministério da Agricultura. Os veterinários responsáveis pela fiscalização dizem que o mercado desta carne praticamente não é explorado no País.
“Se compararmos o Brasil com outros países da América do Sul, a Argentina tem nove estabelecimentos habilitados a exportação e o Brasil tem apenas esse habilitado para a exportação de carne de coelho”, afirma o veterinário Francisco Tomazella.
São Paulo é o segundo maior Estado criador de coelhos no Brasil. O Rio Grande do Sul é o primeiro.
Fonte: Globo Rural (acessado em 30/09/10)