Gatos fluorescentes estão sendo usados nos Estados Unidos para testar formas de tratar a Aids em humanos. Pesquisadores da Mayo Clinic desenvolveram uma técnica para modificar o genoma dos gatos, inserindo um fator que ataca e desabilita o vírus. O objetivo final é criar gatos naturalmente imunes ao vírus da AIDS em felinos.
Para rastrear a ação desse gene, eles inseriram também genes que dão um brilho verde aos animais. A modificação, publicada na Nature Methods, foi a primeira tentativa bem sucedida de tal técnica em um carnívoro. Agora, os pesquisadores irão aprofundar os testes para ver quão eficiente ela é.
Gatos verdes
O vírus da imunodeficiência felina (FIV) causa a Aids em gatos da mesma forma que o HIV em humanos: afetando as células-T, que combatem infecções. Nos dois casos, as proteínas que potencialmente defenderiam o corpo das invasões de vírus não funcionam contra o FIV ou o HIV.
Por isso, os cientistas da Mayo decidiram colocar versões eficientes das proteínas, vindas de macacos, no genoma do gato. Os macacos rhesus possuem um fator de restrição TRIMCyp que bloqueia o FIV, atacando e desabilitando a camada externa do vírus enquanto tenta invadir a célula. Esse ataque funcionou bem in vitro, em uma cultura de células, mas era preciso testar em seres vivos.
Fonte: Portal Exame (acessado em 13/09/2011)