Desde junho, após autorização pelo Ibama, Planos de Manejo de Fauna estão sendo implantados em dez aeroportos internacionais em Brasília, Rio de Janeiro, Belém, Manaus,Cuiabá,Maceió, Porto Alegre, Recife, Salvador e fortaleza. Em outros aeroportos, os planos ainda estão em fase de elaboração pela Infraero.
“O objetivo é diminuir choques entre aviões e aves, dando maior segurança ao usuário do transporte aéreo, evitando acidentes e perda de vidas humanas”, explica o diretor da DBFlo, Reginaldo Anaissi Costa.
Segundo ele, o manejo de fauna em aeroportos civis e militares é uma preocupação mundial e muitos países já contam com um plano em seus principais aeroportos ou estão trabalhando contra o tempo para desenvolvê-los. Os planos também reduzem danos à fauna e despesas com manutenção das aeronaves.
“Durante a decolagem de um Airbus A-320, em 2009, em Nova York, as turbinas sugaram várias aves, e, sem potência, o avião caiu no rio Hudson”, lembrou ele.
Para diminuir o risco de acidentes envolvendo aves e aeronaves, há quatro linhas de ação. A primeira é o manejo ambiental, ou seja, alterar o ambiente dos aeroportos de maneira a impedir a entrada ou reduzir os atrativos que fazem os animais procurarem as proximidades do aeroportos para fixarem residência ou apenas procurarem comida e abrigo.
Simultaneamente, utiliza-se uma segunda linha de ação, manejo das espécies. Nesse caso, são utilizadas técnicas de afugentamento, como uso de fogos de artifício, sons que as aves vocalizam alertando da presença de predador, luzes potentes ou espelhos para amedrontar, cães treinados para correr e espantar, falcoaria, entre outras técnicas.
Caso as linhas anteriores não dêem resultados, é feita a captura das aves e a soltura em regiões distantes dos aeroportos. Em último caso, persistindo o risco de acidente aeroviário, pode-se utilizar o abate seletivo e criterioso.
O Plano de Manejo de Fauna abrange uma área circular de 20 km de distância em torno do aeroporto, na qual são verificadas a condução de atividades com alto potencial de atração de aves, como abatedouros clandestinos e lixões.
A população também possui sua parcela de responsabilidade, devendo descartar lixo e entulho em lugar apropriado e não abandonar seus animais de estimação nas cercanias ou no interior de aeroportos. Além de configurar crime previsto em lei, o abandono de animais no interior de aeroportos representa risco de acidentes com aeronaves.
Fonte: Bondenews (acessado em 24/10/2011)