O Ibama publicou recentemente um documento que mostra números da criação comercial de animais silvestres no País. O diagnóstico foi elaborado com dados do Sistema Nacional de Gestão de Fauna Silvestre (Sisfauna) e do Sistema de Gestão do Uso da Fauna no Estado de São Paulo (Gefau/SP).
De acordo com o documento, há aproximadamente 432 mil animais silvestres nos planteis de empreendimentos de fauna no País. O mercado de pets representa mais de 90% do valor total comercializado, conforme dados apurados de 2016 a 2019.
Ainda segundo o material, a criação comercial está concentrada na Região Sudeste, onde funciona a metade dos criadores comerciais cadastrados. Dos nascimentos declarados no SisFauna, 8,2% correspondem a animais de espécies ameaçadas de extinção (2.607 animais pertencentes a 14 espécies distintas).
Criação legalizada X tráfico
De acordo com a Comissão Técnica de Médicos-veterinários de Animais Selvagens (CTMVAS), do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), o diagnóstico é importante e muito válido. Os dados parecem mostrar que há uma boa demanda para os animais criados comercialmente, salientando que a criação legalizada faz frente ao tráfico de animais silvestres.
Já em relação às espécies ameaçadas, segundo a CTMVAS, do CRMV-SP, os criadores comerciais podem eventualmente colaborar, dividindo sua experiência prévia com reprodução e manutenção de espécies.
Leia o Diagnóstico da Criação Comercial de Animais Silvestres no Brasil: