A profissionalização da cadeia de produção da carne e subprodutos de origem animal começa aos poucos a atingir novos elos da cadeia de processamento de proteínas animais. O processo, iniciado há uma década, ganha força rapidamente. O setor de graxaria é um exemplo dessa transformação e o 10º Congresso Internacional das Graxarias promovido pelo Sindicato Nacional dos Coletores e Beneficiadores de Sub Produtos de Origem Animal (Sincobesp), que será encerrado hoje (31), em São Paulo (SP), confirma essa realidade.
Durante o evento, a opinião comum entre os especialistas da área é de que a indústria precisa rapidamente se modernizar e a nova nomenclatura de fabricantes de farinhas e gorduras animais é o primeiro passo.
O presidente do Sincobesp, Gustavo Razzo Neto, baseou-se nos relatos dos representantes dos países e regiões desenvolvidas e na melhoria da imagem da atividade no Brasil para cobrar das autoridades governamentais brasileiras mais incentivo ao beneficiamento de graxarias no País.
“Realizamos um trabalho que por décadas foi discriminado devido à falta de informação correta. Os críticos achavam que trabalhávamos com um tipo de produto inferior, denegrindo nossa atividade. Hoje já vemos um certo reconhecimento com o princípio do nosso trabalho, que é de utilizar as sobras dos animais que vão para abate. Uma ação que, além da reciclagem, promove o cuidado com o meio ambiente. Só precisamos agora do reconhecimento do governo, que não oferece benefícios a essa atividade”, alerta Razzo Neto.
Atividade em pleno crescimento no País, a coleta e beneficiamento de subprodutos de origem animal movimenta cerca de R$ 4 bilhões por ano no Brasil.
Fonte: Agrolink (acessado em 31/03/11)