Jaboticabal terá centro de compostagem de carcaça animal

Este mês, a Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV), campus de Jaboticabal, inicia as atividades de um centro de compostagem de carcaças de animais. A ação é um projeto-piloto que usará corpos de animais de médio porte abatidos ou que morreram naturalmente no hospital veterinário da unidade. Futuramente, os demais cursos de Medicina Veterinária da Unesp, nos campus de Botucatu e de Araçatuba, também deverão contar com uma estrutura semelhante.

“Quando a decomposição desses dejetos é feita sem os cuidados necessários, pode haver contaminação do solo e, conseqüentemente, da água”, afirma a engenheira química industrial e idealizadora do centro, Janaína Conrado Lyra da Fonseca. Doutora em Química pela Unesp, a pesquisadora é assessora-técnica da Universidade e coordena o Grupo de Segurança do Trabalho e Sustentabilidade Ambiental da instituição.

De acordo com a especialista, o procedimento de descarte empregado até então consiste em depositar os animais mortos em valas preparadas com camadas de cal e outras substâncias que evitam a contaminação. A legislação atual deixou de conceder licença para esse tipo de manejo do lixo, por isso a necessidade de adoção de um novo sistema.

O modelo escolhido pela Universidade já é empregado com sucesso pelo Parque Zoológico de São Paulo e é recomendado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para a destinação de resíduos de granjas. O Instituto de Química e a Faculdade de Ciências Farmacêuticas, ambos do campus de Araraquara, também participam do projeto com esse método para o descarte de cobaias.

Energia solar

A criação do centro na FCAV está vinculada à Coordenadoria de Saúde, Segurança do Trabalhador e Sustentabilidade Ambiental. O investimento da Universidade será de cerca de R$ 300 mil, incluindo obra, maquinário e manutenção do sistema. Os equipamentos elétricos utilizados no processo funcionarão com energia solar.

O local é uma espécie de galpão dividido em baias, cada uma delas com leiras, que são pequenos montes erguidos sobre o solo. Nessas ondulações, são montadas camadas que intercalam restos de podas de árvores, as carcaças animais e água em quantidade controlada. Após esse período inicial de experiências, o centro também fará decomposição de animais de grande porte, como bois e cavalos.

Adubo

Também é preciso acrescentar ingredientes com grande potencial decomponível, nesse caso, folhas e sobras de podas de árvore trituradas. “As carcaças têm muita uréia e água, que dificultam o processo, por isso temos que adicionar algo que tenha outros componentes”, detalha Janaína. O material é controlado até a temperatura atingir por volta de 70°C. Nessa fase, se inicia a redução das atividades bacterianas, e é necessário revolver a matéria orgânica para garantir a oxigenação. Até que se estabilize, as características do composto são checadas periodicamente.

Fonte: Portal da Universidade (acessado em 24/03/11)

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