Para os defensores de animais de
Porto Alegre, este mês é histórico. Com base
aprovada pela Assembléia e sancionada pela governadora do Rio Grande do Sul,
o Centro de Controle de Zoonoses abandonou uma prática controversa, mas não
sigilosa: o sacríficio de animais. Agora, o desafio
é reduzir essa população, que aumenta dia a dia nas ruas.
De autoria do Deputado Carlos Gomes (PPS), a lei proíbe o extermínio de cães
e gatos por órgãos de controle de zoonoses e canis públicos gaúchos. A
exceção ocorre quando o animal não tem possibilidade de recuparação
de doença e quando o sacríficio é feito em
instituições, para fins de ensino e pesquisa.
A nova postura agrada aos defensores dos animais. Mesmo com a alegação de que
somente eram sacrificados os bichos já muito doentes, permanecia a idéia de
que o extermínio havia se tornado uma solução para controlar a população de
animais de rua
“Nossa, isso é uma grande avanço. Com essa medida, o Centro de Controle de
Zoonoses pode ganhar uma outra cara, ser um local de
esperança, de recomeço, para os bichos que são recolhidos, por meio da
adoção”, avalia Maria Simch, diretora do projeto de
marketing do projeto Bicho de Rua.
Quando existia a possibilidade de sacríficio, o
serviço costumava recolher todos os cães e gatos encontrados. Segundo o
centro, quando os animais não respondiam ao tratamento, adotava-se a
eutanásia. A partir de agora, somente serão atendidos casos nos quais existe
risco para as pessoas, como o de cães ferosos
soltos nas ruas.
“Acreditamos que, com essa nova realidade, o número
de animais aqui no canil municial deverá diminuir
bastante”, projeta Sonia Maria Duro da Silva, veterinária do Centro de
Controle de Zoonoses.
Com a mudança, centenas de cães e gatos passarão a permanecer nas ruas. Uma
das saídas para o problema está na chamada posse responsável. O apelo é que
as pessoas não abondonem os bichos de estimação.
Cerca de 30 animais estão esperando por um dono no Centro de Controle de
Zoonoses de Porto Alegre.
Fonte:
O Globo Online, acesso em 31/07/2009