Novos casos de leishmaniose são registrados em Marília

Cidade contabiliza agora 11 casos neste ano. Novos registros apontam que a doença está sem controle.

Marília (SP) registrou dois novos casos de leishmaniose nesta semana e soma agora 11 vítimas da doença neste ano. Além disso, os novos casos apontam que a doença está sem controle na cidade, pois antes as ocorrências estavam concentradas em apenas dois bairros da zona norte.

Um dos casos mais recentes foi registrado no bairro Alto Cafezal, na zona oeste de Marília. A vítima é uma criança de 5 anos, moradora do bairro. A confirmação deixou os moradores assustados. “É tudo limpeza quintal, tudo limpo, não tem sujeira e não deixo água parada, mas a gente fica preocupada porque temos criança em casa”, afirma a moradora Ivone Nunes.

“Eu acho muito preocupante, a gente morando na cidade com esse problema grande principalmente de saúde, em primeiro lugar. Eu acho que as pessoas tem que ter mais limpeza, cuidado, ficar porque inclusive a gente vive nesse meio e corre o risco de ter essa doença gravíssima”, afirma a engenheira agrônoma, Verônica Navarro.

No Jardim Altaneira, na zona leste, também foi confirmado um novo caso da doença. A vítima é um homem, mas a idade dele não foi divulgada. Esses novos casos que foram confirmados pela Secretaria da Saúde indicam à divisão de zoonoses que a doença está sem controle e que continua se espalhando pra outras regiões.

“Esses casos fora da zona norte mostram que nenhuma área da cidade está refrataria à leishmaniose. Nós temos hoje situação de risco na cidade toda. É uma doença reproduzida por um inseto muito difícil de se combater, uma vez que ele se reproduz no solo”, explica o médico veterinário Lupércio Garrido.

Nos bairros Jânio Quadros e JK nove pessoas tiveram leishmaniose neste ano. Os bairros estão em estado de alerta. Desde o começo do ano a prefeitura tem feito exames de sangue nos cães, porém, só identificar a doença não está ajudando a frear o avanço da leishmaniose.

O animal é o hospedeiro e o mosquito palha o transmissor. Ele pica o cão infectado e depois pica o humano transmitindo a doença. Para combater o mosquito, a prefeitura retomou a limpeza na região norte. Em pouco tempo foram recolhidos 40 caminhões com lixo. Folhas úmidas, restos de alimentos, fezes de animais e outros materiais inservíveis servem de criadouro para o mosquito.
A expectativa é que o serviço também avance para outras regiões. Para prevenir é preciso deixar o quintal limpo, sempre recolher folhas, galhos, restos de alimentos e ficar de olho na saúde dos cachorros, qualquer alteração procurar um veterinário. Já nos humanos, os principais sintomas são febre prolongada e um volume desproporcional na região do abdômen.

Tupã

E em Tupã, na região de Marília, foi confirmado o primeiro caso de leishmaniose visceral deste ano. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, a vítima é uma mulher moradora da Vila Independência. Ela está bem, estável, mas segue internada na Santa Casa de Tupã para começar os tratamentos contra a doença.

Fonte:G1 Bauru e Marília

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