Hoje a obesidade é uma doença que atinge cerca de 400 milhões de pessoas no mundo, mas a preocupação com um corpo em forma não é apenas voltada para os humanos, estima-se que cerca de 30% dos cães e 25% dos gatos do planeta estejam acima do seu peso ideal.
Muitos fatores favorecem ao ganho de peso, sedentarismo, má alimentação e a falta de exercícios físicos, mas a principal delas é o próprio dono do animal. Para o médico veterinário José Carlos Zanella, da Pet Shop Planeta Bicho, revela que o animal sofre as consequências pelas ações de seu dono. “Um animal só irá ganhar peso se seu dono não alimentá-lo corretamente, sabendo que um cachorro não tem como ir sozinho comprar sua própria comida”, ironiza Dr. Zanella.
Todas as doenças que um ser humano pode sofrer, animais também podem, desde depressão a problemas cardíacos. Um animal de estimação, mascote, tende a sofrer e sentir o que acontece em sua família. Muitos os consideram como um membro de sua estirpe, dessa forma acabam por alimentá-lo com alimentos humanos, impróprios para a alimentação animal.
A correria do dia-a-dia leva a falta de atenção aos animais, por causa disso, seus donos acabam não tendo tempo para coisas rotineiras como brincar e passear com seu bichinho. “Várias doenças podem ser causadas pela falta de atividades física dos animais de estimação, como desvios de coluna, mas um dos principais problemas, aliados com uma má alimentação, é a obesidade, que desenvolvem muitas outras como a diabetes e até mesmo a depressão, além de problemas renais e cardíacos”, revela Dr. Zanella.
Obesidade na adolescência
A obesidade em animais começa em sua fase juvenil. Uma vez que um animal jovem se estabelece um peso acima do normal, torna-se muito difícil se manter um adulto magro.
Várias iniciativas para manter-se uma boa forma em um animal de estimação devem ser tomadas, lembrando sempre que o que é qualidade de vida para você é para o seu animal. “Vários passos devem ser seguidos para se manter um animal saudável, devido a sua domesticação, muitos animais começaram a ser tratados com comidas de humanos, isso é algo totalmente errado já que o organismo de um animal é diferente do nosso”, comenta Dr. Zanella.
Nada de agrados
Guloseimas e agrados podem ser dados aos animais, mas desde que apropriados, encontrados em Pet Shops, chocolates, bolachas e biscoitos não devem ser dados aos animais. Há rações específicas para determinadas raças de animais que possuem favorecimento para o ganho de peso, ou até mesmo rações com maior quantidade de fibras para auxiliar em uma dieta para a perda de peso.
Um dos fatores que mais auxiliam na qualidade de vida do animal é a atividade física. “Um animal deve fazer cerca de 2 a 3 horas de atividade física diárias, mesmo que ele fique solto em casa caminhando de um lado a outro, o organismo considera está atividade como rotineira, ele precisa de algo a mais para queimar as calorias ingeridas nas refeições”, alerta Dr. Zanella.
Várias raças possuem tendência natural para ganho de peso, mas ao sinal de excesso de peso sempre se deve procurar o veterinária, são as raças: Bulldogs, bealge, lavradores e basset dentre outras.
Castração
A Castração pode levar o animal a ter um ganho de peso. O animal castrado passa a não gastar energia em seu período de procriação. Em condições normais o ganho de calorias durante o ano seria gasto em seu período do cio.
Fonte: Jornal Opinião (acessado em 13/11/09)
