Pesquisadores da Universidade Federal de Lavras, no Sul de Minas Gerais, realizam estudos com jacarés oriundos do Pantanal com o objetivo de criar um protocolo para inspeção de frigoríficos no Mato Grosso. Somente em Cárceres, a 250 quilômetros de Cuiabá, existem 12 fazendas e um abatedouro especializados.
Este é maior estudo já realizado sobre o Caiman yacaré, com população estimada em 20 milhões de animais no Brasil, Argentina, Bolívia e Paraguai. Nove jacarés do Pantanal foram levados há um ano e meio de um criadouro no MT para a universidade, com autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). No laboratório, eles foram abatidos e são conservados em formol.
Os pesquisadores traçam um raio-x completo dos sistemas muscular, esquelético, cardiovascular, respiratório, digestivo e urogenital dos répteis. Um dos objetivos é melhorar as técnicas de criação em cativeiro, para comercialização da carne e da pele. Segundo uma cooperativa do MT, de cada animal se aproveita de 800 gramas a um quilo de carne. O filé retirado da calda do jacaré custa R$ 35 o quilo.
A pesquisa deve ser concluída em março de 2010. As conclusões servirão de base para a criação de um manual que será usado para fiscalizar os frigoríficos de jacarés do Pantanal.
Fonte: EPTV (acessado em 26/11/09)