As festas de final de ano sempre são lembradas por sua fartura. O peru assado e outros quitutes, como lombo e pernil, são presença garantida na ceia. Diante de tanta fartura na mesa, não são raros os exageros alimentares, problema que acomete até mesmo os animais de estimação.
De acordo com o médico veterinário Alex Lafarti de Sena, é de extrema importância que os donos não ofereçam a comida natalina aos animais. Esses alimentos costumam ser muito condimentados e inadequados para o organismo de cães e gatos.
O médico alerta para o perigo contido nos ossos de aves e carnes ou caroços de frutas, que podem causar obstrução do esôfago e intestinos dos animais. “Os cães tendem a não mastigar os alimentos e engoli-los sem parcimônia. Eles podem ocasionar obstruções ou mesmo ficar parados no estômago”.
Já os alimentos mais condimentados ou diferentes da dieta usual dos cães e gatos podem causar diarreia, vômito e desconforto abdominal.
Bom senso
Os donos de cães e gatos sabem que nem sempre é fácil resistir à carinha dos animais, mas é importante não deixá-los mal acostumados. Para Sena, uma boa forma de driblar o problema é manter cães e gatos longe da mesa de jantar, deixando um pratinho com a ração deles separado. Outro truque é oferecer alguns petiscos ou pedaços de frutas como maçã e banana, sempre com moderação.
Bebidas alcoólicas jamais devem ser oferecidas aos animais. “Elas podem ser tóxicas e causar vômitos e alterações de comportamento. Essa oferta seria de extrema irresponsabilidade”, afirma o veterinário.
Apesar de muitas orientações parecerem óbvias, ainda são comuns os casos de emergência envolvendo excessos alimentares. “Principalmente no fim do ano, atendemos muitas gastroentrites (vômitos e diarreias causados por alimentos gordurosos ou condimentados), presença de corpos estranhos no estômago, como espetinhos de churrasco, ossos e caroços ou ainda intoxicação por chocolate ou macadâmia (ambos tóxicos para os cães)”, diz Sena.
Para finalizar, o especialista explica que bom senso e moderação são fundamentais. “Isso evita visitas de emergência ao veterinário, endoscopias e, não raramente, cirurgias, o que pode acabar com as festas de final de ano”.
Fonte: Pet Mag (acessado em 08/12/10)